sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Olhares


Olhar inquieto
Que apresenta
Sua beleza
Ao me tocar

Olhar distante
Que me ostenta
Em sua vida
Querer entrar

Tem seus mistérios
Os seus olhares
Ao tentarem
Me seduzir

Mas se entregam
Através dos mares
Quando meu toque
Navega em ti

Seus olhares são novos anjos
Que nascem em cada dia
Em cada sono um novo sonho
Um novo olhar, com nova magia

Olhar inerte
Me lança flertes
De longa ansiedade

E meu olhar
Apaixonado
Sonha acordado
Ser tua vaidade.
                            Efêmero dos Devaneios

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sintético

Quem sou eu agora?
Se quem eu era, não mais me conhece
E quem penso ser
Não sou nem em prece

Aquele que sou
Sei que só vou ser
Se em minha eurritmia
Encontrar você.
                       Efêmero dos Devaneios

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A Chuva, a Lua e o Trovão

E quando bate forte
Esse vento noroeste
Trazendo chuva de longe
E sonhos nas vestes

Vento que vem dançando
Olhando em meus olhos
Como se dissesse
Vim pra você

Te trouxe a amada chuva
Para enciumar a lua
O teu real bem querer

Sorrio malandro
Breve e brando
Cantando com o mar

Percussão são as ondas
Marolas formam a banda
E eu dançando a cantar

A chuva vem e me lança
Nos abraços da dança
A lua chora o luar

E as estrelas e nebulosas
Explodem todas fogosas
Exaltando o refrão

Coração repentino
Saudoso menino
Na tempestade do amor
És o nosso trovão.
                           Efêmero dos Devaneios

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Fado

 Se hoje vejo o mundo como eu vejo
Acredito que o ensejo
É ver sempre o sol brilhar

Pois toda vez que escureço
No dia seguinte amanheço
E sorrio vendo o olhar raiar

Pois chuvas de lágrimas caem
Nos meus rostos que não saem
Para rua pra ninguém notar

Que os fortes também choram
Que os fortes também amam
E clamam

Pra chama do fogo que queima o ego
Incendiar o orgulho que tenho, mas nego
E fazer aprender o coração falar

Só assim vai surgir o lado excêntrico
Deixando de ser assim tão egocêntrico
E os rostos que tinha vão se apagar

Surgindo sorrindo leve e brevemente
Um rosto vivaz e valente
Que os olhos teimavam ocultar.
                                           Efêmero dos Devaneios

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