terça-feira, 31 de agosto de 2010

O êxtase, beijo plangente


Qual seria a força de um beijo?
Até que pingo de sensação ele pode mudar?
Só se entregue ao momento, como um simples ensejo...
Ou conheça outra dimensão, aonde os lábios podem te guiar

Se em cada deslize dos lábios, houvesse um suspiro
Seguido de uma sufocação por excesso de prazer
E ao fechar os olhos, seu mundo desse um giro
Que elevasse ao esplendor o íntimo do seu ser

Você beijaria como antes?
Olharia-me assim como olhou?
Ou afundaria em um grande nuance...
Aumentando a paixão, o desejo e o calor?

Digo isso, pois já estou cansado
De tais beijos que o destino me apresenta
Nenhum deles é como no passado
Similar ao sabor que teu lábio ostenta

Não me afogo nessas áridas bocas
Elas têm gosto só de nostalgia
São lindas, quentes e ocas
É como sonhar sem abusar da fantasia

São quentes, porém, sem fervor
São lindas, mas não são perfeitas
Um contentamento sem o amor
Possuem nomes, mas sem a tua letra

Desde que tu foste embora
Sou um viajante que peregrino
Procurando em beijos uma nova aurora
Ou deparar com teu beijo reprisando em meu destino.
                                                                   Efêmero dos Devaneios

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

São só perguntas...

O que são as flores? Senão diferentes tipos de pétalas que desabrocham somente para perfumarem sua vida?!

O que é a vida? Senão um misterioso presente que nos foi dado, para que aproveitemos intensamente, livres como as estrelas?!

O que são as estrelas? Senão brilhos longínquos que resplandecem intensamente, iluminando suavemente esta noite, transfigurando essa escuridão para um aspecto romântico, onde se encontra eu e você sentados na areia em frente ao mar?!

E o que é o mar? Senão um imenso acúmulo de lágrimas, choradas por milênios e milênios, pelas nuvens, que choram ao assistir este romance entre o Sol e a Lua?!

Mas o que é Lua? Senão a delicada rainha do mar, que vive eternamente aguardando o eclipse, para que assim, beije apaixonadamente, por alguns segundos, seu grande e quente amor Sol?!

Sol? O que és o Sol? Senão o grande astro do dia, que irradia com fervor todo seu amor pela Lua, e que aguarda ansiosamente, todas as estações do ano, inverno, outono e primavera, só para que chegue o verão, para poder ver seu amor, mesmo que de longe, juntos no mesmo céu?!

O que é o céu? Senão a morada dos anjos, onde se misturam cores, noite e dia, e onde nascem os ventos?!

Mas o que é o vento? Senão uma onda de ar onde jogo todas minhas canções escritas para você?!

O que é você? Senão a beldade que alegra meu dia, colori minha noite, alivia meus medos, ri e acha idiota minhas bobeiras e torna tudo perfeito?!

O que é perfeito? Senão teus beijos, o mundo, o arco-íris, a vida e a morte?!

O que será a morte? Senão o fim de tudo ou o começo, senão a eterna escuridão ou a grande luz, senão a revelação de todas as verdades?!

E o que é verdade? Senão uma mentira, que se for realizada torna-se verdade, senão verdade que com o tempo tornam-se mentiras, substituídas por novas verdades, senão o simples jeito convidativo do seu olhar?!

Mas o que é o olhar? Senão a fraqueza das mentiras de todas as pessoas, senão a caixinha, onde é guardada a paixão?!

O que é a paixão? Senão um calor que nasce de repente, cegando todos os defeitos, inspirando todos os poetas, enganando todos os apaixonados, tornando eloquente todas as palavras?!

E o que são palavras? Senão chicotes agressivos ou fonte de afagos, senão o mais belo ou o mais rústico, senão apenas uma coisa que leva à frustração?!

O que seria frustração? Senão a sentença por acreditar demais, senão a dor por revelar o que sentia, senão a frieza por ter se encantado, senão a solidão por não ter acreditado em si, senão apenas a visão do murchar das flores, do sumiço da vida, do ofuscar das estrelas, do secar do mar, do esconder-se da Lua, da escuridão do Sol, do cair do céu, do vácuo dos ventos, do pensar em você constante, das imperfeições do que era perfeito, da espera da morte, das falsas verdades, do fechar do olhar, do fim da paixão, do mudo das palavras, que foi motivado pelo amor?!

E o que é o amor? Senão o segredo misterioso de tudo aquilo que não sei explicar?!
                                                                                                                    Efêmero dos Devaneios

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Princesa da Maresia


Como borboletas nossa amizade segue
Voando pelo eterno infinito
Sempre mais bonita e alegre

Saudade aperta meu peito
Quando fico sem te ver
Esta é uma das maneiras
Que revelam meu amor por você

Existe um  brilho especial
Em seu sorriso cativante
Roubarei uma foto sua
Para enfeitar  minha estante

Princesa, pura como a maresia
Só de ouvir a sua voz
Alivia-me a agonia

Princesa, pura como a maresia
Só de você me abraçar
Torna-se perfeito o meu dia

No mel que consiste seu olhar
Fico hipnotizado
E contemplando-o deparo
Com o paraíso enlevado

Sei que um amor pode aquecer
Porém, também pode arder
Entre essas alternativas
Só o amor pode escolher.
                                     Efêmero dos Devaneios

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Vampiro


Início de minha transformação. O dia certo não me recordo, sei que tu estavas presente, isso é um fato quase que óbvio, pois tu és a culpada, ou melhor, o motivo, de minha transformação, talvez tu penses que nada fez. E de forma serena eu te digo, que sim tu fez, fez eu me apaixonar por você, e sem indícios de um momento tempestuoso nos sentimentos, tu sumiste. Sem sequer dizer que acabou, sem sequer olhar em meus olhos e seguidamente abaixar o olhar, com aquela expressão que revela uma profunda tristeza, nada disso existiu, apenas o que houve foi um beijo de boa noite em meu pescoço, e só, sumiste para sempre durante algumas semanas, e isso não foi uma contradição, sim uma colocação, pois fiquei sem vê-la durante uma, duas ou cinco semanas talvez, porém, quando tu voltastes não era mais a mesma, não me enxergava mais, até que enxergava, mas não me via, portanto, desde aquele beijo de boa noite, até os dias de hoje, tu sumistes de minha vida, e para mim isto é pra sempre. Foi assim, após aquela noite, daquele dia, que me tornei um vampiro. Hoje troco a noite pelo dia, pois é na noite em que a lua aparece, e ela possui uma beleza indescritível, que me faz lembrar dos seus olhos, e em cada estrela que brilha, interpreto como se fosse o brilho de seu olhar, e se vejo uma estrela cadente, é como se o céu estivesse sorrindo para mim, assim como tu sorrias. Isso vem tomando grande parte de meu tempo, encomendei até um telescópio para poder ficar horas olhando profundamente para o seu “olhar”.

Como todo vampiro, já não consigo mais ver-me no espelho, pois sempre que fico em frente à um, rapidamente é direcionada minha visão para dentro de meus olhos, e ao fundo dessas pequenas bolinhas pretas, vejo com limpidez, você dormindo em um sono tão profundo, e como sempre acontecia, eu hipnotizo-me ao vê-la dormindo, e sem desviar sequer um momento minha atenção em você, fico vidrado te admirando dormir, assim, não consigo mais observar à mim, sempre, sempre e sempre só vejo você.

Em todas as madrugadas embriago-me com vinhos, todos eles tintos, as vezes são eles suaves, para aquelas noite tranqüilas, e em outras vezes são secos, para noites imersas na nostalgia. Em cada copo, em cada gole de vinho, sinto-me como se estivesse alimentando-me com cada gota de sangue da solidão, são esses vinhos que fazem meu coração pulsar mais forte, assim como pulsava quando beijava ardentemente seus sensíveis lábios, e por sentir seu sabor em cada lágrima de vinho, fico totalmente inebrio todas as noites, pois iludo-me em estar sentindo você.

Não sei se é mal… ou bem de todo vampiro, mas como todos conhecem a lenda, vampiros possuem um poder intenso de sedução, e após me tornar um deles, não sei em exato o por que, mas estou altamente sedutor,a ponto de seduzir com apenas um olhar, um nível de persuasão incompatível, no qual, nunca tive antes, mas isso é em vão, pois ao seduzir e conquistar minhas vítimas, relaciono-me com grande fervor, porém nada sinto, a não ser nos beijos o seu gosto e no sexo o seu cheiro, é uma sedução que não atribuo grande valor, a não ser se ela funcionasse com você.

Fiz de uma rede, que está pendurada em minha varanda, meu luxuoso caixão, onde em noites de inverno, verão, primavera ou outono, é onde durmo, seja com o frio ou com o calor, ali que te encontro realmente, no momento que fecho meus olhos, pois neste “caixão”, posso dormir com o som que sopra o vento, que simula sua voz cantando para mim, as mais lindas,encantadoras e agradáveis canções, não que elas sejam de fato tudo isso que proferi, mas só por estarem sendo cantadas por sua voz, elas tornam-se as mais admiráveis canções, e é ele, o rei da liberdade, conhecido como vento, que plagia identicamente a sua voz, até mesmo os suspiros de respiração, e é com estas canções cantadas por ele, que durmo todas as noites.

E se em algum dia tu sentires minha falta e quiseres matar este vampiro que nasceu em mim, pegue a estaca que guardas dentro de ti,que foi feita com todo o seu amor, sua paixão, seu carinho, suas angústias, seus segredos, e seus sonhos, e sugiro que levemente, afunde-a em meu coração, olhando dentro de meus olhos, pois só assim voltarei um dia a ser HUMANO.

Enquanto este dia não chega, estou indo agora para meu “caixão”, pois o dia já está para amanhecer.

E ao dormir, sendo acalentado pela neblina, te verei em breve, em meu sonho, no qual, já o considero uma rotina, pois nunca muda sequer a cor do vestido que te encontro, mas sobre este sonho eu te conto em uma outra noite.
                      Efêmero dos Devaneios

E se amanhã seu amor acabasse?

Você já imaginou como seria sem o amor?
Pensou na hipótese de acordar sem esse sentimento?
Se relacionar sem jamais sentir dor?
Não mais ter, só um ser em pensamento?

E se amanhã seu amor acabasse?
Como seria o teu viver?
Pegue todos seus sonhos e amasse
Pois sem amor sonhar não tem porque

Tu sem amor nada sentirias
Nem a dor, angustia ou prazer
Muito menos tu sorririas
Sem amor, sorrir para que?

Pra enganar quem está ao teu redor?
Ou enganar-se em frente ao espelho?
Sentir-se-ia sempre a sós
Seria um rei sem tapete vermelho

E se amanhã seu amor acabasse?
Esqueça o brilho da lua
Esqueça aquilo que nasce
Quando minha mão toca a sua

Que gosto teria teu beijo
Se em teu peito não tem mais amor
E em seus olhos o que hoje vejo
Amanhã se desencantou

Sumiria o deleite de um sorriso
E o aperto das lágrimas de um grande amor
Isto é só um aviso
Sem amor, teu mundo perde a cor

E se amanhã seu amor acabasse?
Canções tu não ias cantar
E mesmo que tu berrasses
Nem um som iria ecoar

De amar não tenha medo
E isso eu sempre proclamo
O amor esconde segredos
Valorize o eu te amo.
                                    Efêmero dos Devaneios

O livro



O segredo do que já foi dito. Este é o nome do livro que fala sobre você, estava ainda na capa, por enquanto,e a achava tão bela, reluzente, macia e de perfeitas formas, uma beldade de capa, não é por menos que estive realmente vidrado no livro, antes mesmo de sequer ler seu resumo… Só de tocar neste livro senti um leve suspiro em meus ouvidos, que arrepiou-me o corpo inteiro, fiquei tão sem palavras quando avistei tal livro, que já o abri e nem interessei-me em adiantar a história através do resumo. Logo ao abri-lo, em sua contra capa, encontrei em alto relevo, uma certa frase na qual fiquei intrigado, mas não dei muita atenção, pelo fato de ela ser extremamente emocionante, era mais ou menos assim: “Encantar-se com minha capa, irá apaixonar-se pelo conteúdo, será enfeitiçado pelas entrelinhas, seduzido ao trocar olhares, esquecido ao imaginar o fim e totalmente melancólico por não me esquecer.”

Após ler tal frase, que tinha a aparência de uma tatuagem, fiquei em extremo êxtase. E mergulhado na madrugada, dias após dias, entregava-me cada vez mais ao livro, tentando decifra-lo e entende-lo, e assim, sem que eu percebesse revelava meus segredos, sonhos, paixões, amores, medos e loucuras nas quais guardava somente à mim. Antes mesmo de alcançar a metade de toda sua escrita, eu estava exageradamente apaixonado por ele, suas palavras me encantavam, sua maneira de explicar coisas, era tão doce, e quando eu pensava que não o entendia,ele surpreendia-me, ao passar por algumas histórias e relatos, eu ficava fascinado com seus desfechos sobre os assuntos.

Seu modo de redigir era algo poético, que soprava como musicas em meus ouvidos, na qual me acalmava, me cedia uma certa confiança, me tornava um ser mais feliz, enquanto junto à ele estivesse.

O tom da cor de suas páginas transmitia-me um entusiasmado calor, mesmo sendo noites frias de inverno, mesmo sendo sombrias e nebulosas madrugadas, lá estava ele, a fim de me acalentar em qual fosse a angústia.

Ao ler e entender seus contextos, eu sentia levemente um sabor jamais provado, jamais adocicado, jamais sublime como este no qual deliciava-me em minhas leituras, a cada dia em que passava eu não só percebia, como também sentia, que este livro não era como qualquer um, como outros que eu já havia lido.

Porém, como todo livro tem seu fim, este já encaminhava-se para o seu, e o quanto mais aproximava-me do fim, aos poucos eu ia sentindo desaparecer do íntimo do meu ser, toda aquela primavera, que há tempos achava eu ser eterna, e começava a novamente sentir a solidão e o frio do inverno em minhas emoções. Tentei em poemas, musicas, flores,orações e até mesmo em olhares, estender as páginas deste livro, mas tudo foi em vão.

E por fim, quando cheguei ao seu fim, que já havia acreditado eu, que seria o meu fim também, já estava alucinadamente enfeitiçado, embriagado, no ápice do apaixonado, por toda sua beleza, seus segredos, seu jeito e suas diversas maneiras de se expressar, e não havia como de repente eu criar o antídoto para este feitiço, e assim quando folheei a sua última página, que dizias assim: “Nunca quis confundir sua cabeça, e jamais enganar, iludir e sugar o amor de seu coração, mas simplesmente, o fim, foi selado por nós, e ele pode ser belo e perfeito, depende de seu ponto de vista”.

Ao ler esta última frase, lágrimas silenciosas escorriam de meus olhos, lágrimas ocultas, na qual somente o tecido de meu travesseiro, sabe o quanto eram frígidas e umedecidas pela solidão.

Suas páginas foram queimadas pelo tempo, e tudo que nele se passou ficou registrado apenas no âmago do meu ser, mesmo assim, sem ele, eu não sentia mais o sol, não via mais o brilho do luar, não gritava mais musicas de amor para as estrelas, não sentia mais o sabor das bocas, e nem do sexo.

Nunca em minha vida eu havia aprendido e sentido tudo o que com este livro eu vivi, e agora já está mais que óbvio que este livro é mera ficção, um simples pseudônimo de você, digo simples, pois tudo que disse sobre ele, é somente um esboço do que realmente eu via,apreciava, admirava e sentia por você, minha linda flor, a única parte em que fui explícito e totalmente veraz, foram apenas nas frases que se encontravam no início e no fim do livro, que por você foram ditas implicitamente, e que eu as deixei escritas em um pequeno papel, que guardo em minha gaveta com o cheiro do seu mais doce perfume. E ao perder você, que eu considero o mais lindo livro, sinto que perdi o amor, e tudo que tenho a lhe dizer é: E se amanhã seu amor acabasse?
                                                                                                                               Efêmero dos Devaneios

As Flores

Mais uma noite de um dia
Sem contos de fadas e sem fantasia
Perdido no tempo, a mais de horas
Comparando seus olhos com a nova aurora

Olhando pra tudo sem focar em nada
Sentindo o âmago desta madrugada
Com olhares frios, vagos e opacos
Sentindo em meu peito um profundo buraco

Onde bem no fundo pode-se avistar
Sonhos perdidos e entrelaçados com o seu sussurrar
Sussurrar esse, tão ameno e carinhoso
Que ecoa lentamente, com um soar fervoroso

Umedecendo levemente minha angústia
Com lágrimas doces em estado de fúria
Lágrimas essas que escorrem em meu peito
De forma tão delicada, a me lembrar de seu jeito

Jeito esse no qual tudo me faz recordar
Desde um abraço sincero a um simples olhar
Desde ondas do mar explodindo nas rochas
A uma linda flor quando desabrocha

Por falar em flor, lembrei daqueles dias
Que olhando a mim, tu sempre dizias
Que plantei raras flores em seu coração
Tu as murchaste com a solidão?

Ou será que elas como de costume
Exalam a essência deste teu perfume?
                                                        Efêmero dos Devaneios

Madrugada

O dia está amanhecendo lentamente, assim como soa o som da chuva ao cair de um imenso céu e tocar ao chão… E durante esta madrugada solitária e de frio, não tão solitária, pelo fato de ter a chuva como companheira de meus ligeiros pensamentos, e eternos passageiros sentimentos, tento expressar o que guarda um coração. E no compasso do tempo entre a madrugada e o amanhecer, ali estava eu deitado na cama, em frente a um espelho, onde mesmo no escuro olhava para ele e enxergava o brilho dos olhos seus, meio surreal isto não? Mas assim passava minha noite, e durante muitas vezes minhas noites.

Às vezes acendia a luz para escrever sobre alguém, quando a mente não suportava mais repetitivos pensamentos ligados a você, e em diversas vezes escrevia assim mesmo no escuro, para poder escrever visualizando teu semblante por todo o quarto.

E envolto ao frio nesta noite de inverno cá estou eu novamente, escrevendo para mim, mas com o falso sonho de que o vento leve em toques suaves cada trecho deste texto até você, texto qual, talvez não tenha fim, pois seu final se perderá durante o trajeto que o vento levará para chegar até você, e nas esquinas vazias e opacas, lá estará versos mudos, que gritam com todo o amor que há em cada palavra, em cada linha, em cada lágrima, que compõem estas frases.

Assim continuo a redigir estas frases, e em cada linha tem um pouco de seu cheiro, um pouco de seu sabor, um pouco do seu suave toque, que meu corpo arrepia-se inteiro, só de relembrar que foi levemente acariciado por você, e a mente cria a imagem de um ambiente de calor e fervor onde se encontra só eu, você e a Lua, trocando falas e afagos, em um dia que aconteceu ou acontecerá… Olho novamente para o espelho, e observo dentro de meus olhos seus cabelos pretos como a noite, sendo desenhado sobre minha pele, e em seguida vejo-a deslizando suavemente seus lábios vivos e cálidos sobre meu rosto.

Será tal visão, ilusória, lembrança ou simplesmente um dejavú do que irá acontecer?

Morfeu veio me buscar agora querida, e estou feliz por esta insônia estar tendo um fim, pois com ela tive tempo de pensar em você, e sem ela sei que dormirei, e ao dormir, estarei lá, no planeta das fantasias esperando para te abraçar, e dizer: que bom te ver. Rir e sorrir vendo seu sorriso bobo e singelo, e antes de partir chegar perto de ti, e sentir o seu beijo, assim me fazendo acordar rindo, porque novamente acordei já pensando em ti.
                                                                                                                         Efêmero dos  Devaneios

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