sábado, 25 de setembro de 2010

Um novo mesmo ser

Estou cansado fisicamente
Mas meu coração está tão disposto
Antes era o contrario totalmente
Mas em eterno momento, tenho um novo rosto

Mergulho dentro de mim
Em sensações cristalinas
Percorro por vastos jasmins
Que em meu olhar se fascina

Falo com mais amor
Olho com mais ternura
Embriago-me com o mel da flor
Meu toque, fervor sussurra

E no ontem na vida um tom cinza
No hoje só cinzas virou
Aquele no espelho ranzinza
Num marujo se transformou

Que navega no olhar das pessoas
Nos sentimentos alheios
Num barco de amor próprio
Sendo um Deus dos devaneios.
                                         Efêmero dos Devaneios

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dê vida à vida


No momento que a angústia te envolve
Logo quando a saudade lhe corrói a alma
Nesse instante que a nostalgia te convida
Para uma viagem perdida

O que fazes neste momento?
Ou o que fazes depois deste momento?
Eu sei, eu sei, tu esqueces a felicidade
Deixa aflorar a ferida, fecha os olhos pro mais belo
Fecha os olhos para a vida

Não ajas mais de tal maneira
Maneira esta que deves contrariar
Contrarie a angústia
Deixando seu coração em sereno alívio

Cante versos errados, mas lindos
Veja os cães abandonados, mas feliz
Sinta o vento louco, mas livre
Contemple no barro a beleza do lírio

Assim voltarás a olhar as nuvens
E nelas enxergarás um quadro de desenhos
Surreais, que dançam em sincronia
A música que alegria cantarola

Junte a saudade, dor, nostalgia e angustia
E as jogue na lagoa do medo
E deixe que afunde bem fundo
Formando assim, uma só marola

Já com a felicidade no peito
Sinta o sabor da tua vida
Não há gosto mais doce no mundo
Não há mundo sem o sabor da vida.
                                       Efêmero dos Devaneios

domingo, 19 de setembro de 2010

O sabor que a água tem


Dizem que a água não tem sabor
Que absoluto engano
Provo isso com vigor
Observando nosso cotidiano

Sinta esse sabor de alegria
Ao exalar o perfume da flor
Esse gosto em demasia
Só existe, pois a chuva a irrigou

Sinta o sabor da liberdade
Que sentes num banho de cachoeira
Que te imergis na sanidade
Nessa água passageira

Esse sabor de melancolia
Que escorres em teu rosto
Através dessa lágrima fria
Que esquentas o teu corpo

Que sabor de repugnância
Nessa atitude grosseira
Uma cuspida no rosto por quem tens ânsia
Em um momento de uma briga feia

Desfrute do doce e sereno sabor
Em um simples copo d'água
Que com orações se abençoou
E afastará toda mágoa

Acorde com o canto do rouxinol
E sinta observando esse singelo arco-íris
Formados por pingos da chuva namorando os raios do sol
Sentirá um sabor extasiado, mas só quando tu rires

Agora imagine um sabor de esperança
Que sentiremos em constância
Se acabar a água potável, para nossas crianças

Seria um sabor de guerra
E de sofrimento
Que exalaria nesta terra
Para todos e em todo momento

Existem muitos sabores
Que a água propicia
Eu rio ao ver tantos senhores
Dizer que sabor à água não pertencia.
                                                    Efêmero dos Devaneios

sábado, 11 de setembro de 2010

Meu inimigo amigo meu

Meu inimigo invisível
È mais visível do que eu
E ele é mesmo imbatível
Mesmo inimigo que o seu

Conversando no canto comigo
Como fugir tento pensar
Pois até mesmo meu abrigo
O inimigo pode comprar

Ele cheira a ódio
A alegria e a rancor
Consegue esconder o óbvio
Possui o dom da dor

Mais, sempre mais,
Muitos o querem como amigo
Mais, sempre mais
Ele está sempre contigo
Mesmo sem você querer

Por mais que você fuja
Não há como correr
Ele encontra sua fuga
E sem ele, tu vais morrer

Maldito seja esse indivíduo
Que sempre está no poder
Tão odiado e tão querido
Ele não perde, ele não morre
Só o vejo vencer

Mais, sempre mais,
Muitos o querem como amigo
Mais, sempre mais
Ele está sempre contigo
Mesmo sem você querer

Suas casas são nos abismos
Pintadas com sangue da injúria
Onde tomam vinhos reunidos
A ganância, o egoísmo juntos a luxúria


Inimigo, meu amigo
Que me mata, sem eu perceber
Inimigo, meu amigo
O mundo fede a você

Jovens morrem pela sua companhia
E os pais aplaudem com vigor
Toda essa ideologia
De verdades falsas que você criou

Mais, sempre mais,
Muitos o querem como amigo
Mais, sempre mais
Ele está sempre contigo
Mesmo sem você querer

E não importa o quanto eu grite
O quanto eu mostre para ti
O nome desse inimigo
Ninguém vai querer ouvir

Vão duvidar, vão ri da minha cara
Mas a cara desse cara, qualquer um pode ver
Mas a verdade custa cara
Todos os seus luxos vão desaparecer

Por isso o mundo não quer acreditar
Que nosso inimigo verdadeiro
É a droga do dinheiro
Que jovialmente entristece o meu cantar.
                                                       Efêmero dos Devaneios

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Soneto de uma amizade

O que seria o vento sem as correntes de ar?
O que seria um sorriso, sem você para alegrar?
O que seria do crepúsculo se não fosse o Sol?
O que seria da estrada, sem teus conselhos como farol?

É... Seriam sem graça flores sem perfumes
Como também minha televisão, sem tua voz no volume
Meio preto e branco, e muito contundente
Sem tê-la como amiga, não serei sorridente

Não sorrir, não brindar, não seguir, não cantar
São frases comuns, se essa amizade acabar
Por isso espero vê-la sempre assim
E sentir que tu és minha pedra da sorte

Que guardei dentro de um jasmim
Que pretendo abraçar mesmo após a morte.
                                                             Efêmero dos Devaneios

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Desculpe meus erros


Peço desculpas por todos os erros que cometi,
peço que entendas que tudo que eu queria era te ver feliz,
para não mais ter em cada esquina de tua vida,
lágrimas de temor e solidão.
Meramente e só o que eu queria era sentir e ver...
aquele seu sorriso que transmitia a todos
uma sensação de confiança e de que a vida é perfeita.
Peço que desculpe meu querer de nem que fosse em pequenas doses,
ver esse sorriso.

Desculpe quando eu acreditei em seu olhar penetrante
que me dizias em claras mudas palavras que ao estar comigo
tu se sentias muito querida.
Desculpe por não perceber que ele só encenava...
fazendo-me acreditar que seu brilho era real.
Desculpe meu erro de querer ser romântico
Por iludir-me em achar que ao te dar uma flor
sussurrar canções, te proferir poemas...
 Iria te fazer sentir-se uma pessoa especial.
Mesmo quando tu dizias: “Pelo menos sirvo para alguma coisa”.
Logo após eu dizer que os escrevi pensando em você.

Desculpe meu erro de acreditar ser real, tudo o que me falavas.
Olhando fixamente em meu olhar...
Soltando aquele seu sorriso leve...
Enfeitado com covinhas, que posteriormente
era complementado com um suspiro.
Desculpe-me por achar tão grande
todos esses pequenos detalhes.
Nos quais, muitas noites eu virei, pensando unicamente neles.

Desculpa!
Por eu ter sido tão inconveniente,
a ponto de ficar dias lendo sobre seu signo.
Só para poder tentar... te entender,
entender seus ódios, seus medos, suas manias, suas loucuras...
Coisas que nem tu mesma conseguias decifrar,
coisas que tentavas falar para mim.
Porém, não sabia como, nem por onde começar...

Desculpe por ter considerado fascinante esse seu jeito de ser e falar
de ter interessado-me pela forma que contavas teus sonhos...
Sejam eles os acordados ou os dormidos..
Desculpe por aquele momento, em que revelei cantando
quase tudo que sentia por você.
Quando o que eu devia,
era nem ter importado-me com o fato
de como tu és diferente de outras garotas.
Desculpe por eu ter acreditado nisso...
Desculpe ter te falado todas as vezes que me arrepiava com seus toques
Por ter sido ingênuo a ponto de diversas vezes, magoar-me...
Só para não vê-la triste.
Peço desculpa por ter me apaixonado por você
por ter lido o amor em teus olhos
por ter viciado-me com os gostos dos teus lábios...
Quando se misturavam com os meus.

Espero que entendas que em momento algum, eu queria gostar de você.
Não foi algo que planejei, fugiu de meu controle, e quando percebi...
já estava fundo demais para respirar.
Isso mesmo, sentia-me submerso num mar de sensações, quando estava perto de ti.
Não perto fisicamente, mas sim, perto em sintonia, coração, pensamentos e calores.

Peço desculpa por não conseguir te esquecer
Peço desculpas por te ver todos os dias e ter que fingir...
que nada aconteceu.
Peço desculpas por após tu sumiste, eu ter ido até você
só para entregar chocolates e idiotas, singelas e sinceras poesias
sobre como eu via as cores do seu ser e de como me sentia te vendo partir.

Peço desculpa por não ter pedido desculpas.
Sobre tudo isso que escrevo, e que nem sei para quem,
já sabendo que desta vez, não farei como antes...
Não revelarei tudo o que sinto para você, não mais.

Portanto, tais linhas supérfluas, que aqui as deixo
tu NUNCA IRÁS SABER, que eram pra você
e só as verei se perderem...
Rumo à dentro desse labirinto de falsas fantasias!

E por fim, peço que desculpe o meu maior erro
que por ser grande, ainda não consegui corrigi-lo.
Sendo assim, toda vez que te encontro ainda cometo-o
Então desculpe o erro...
de toda vez que te abraço,sentir que a gravidade
...ACABOU.
                                                        Efêmero dos Devaneios

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