segunda-feira, 28 de julho de 2014

Muitas estradas. Nenhum caminho

Talvez seja só um resfriado
Um mal estar da alma
Ou quem sabe os anjos do mal
Batendo palma

Por que não um mal olhado
Alguém torcendo pra que dê errado
Ou talvez não seja nada assim
Seja só uma fase ruim

Rezei pra Deus pra que proteja
Cada passo cambaleado
Que eu venho dando repetidas vezes
Por horas, por dias, por meses

Pedi ao mundo uma janela aberta
Nem precisa ser a porta
Eu sei bem como trancam as fechaduras
Como as maçanetas são duras

Por isso só quis uma janela
Onde desse em uma sala qualquer
Ficarei por pouco tempo
Só até eu me acertar com o vento

Ri sozinho, ué que mal tem nisso?
Chorei sozinho, também é normal
Mas mudar sozinho não foi possível
Óh que solidão horrível

Tem minha irmã, meus pais
Minha família e meus amigos
Tem também meu grande amor
Mas meu santo está sem andor

Ele precisa descansar
E descansou
Só esqueceu de acordar
Onde ele deve estar?

Tenho tantos comigo
Tantas pessoas ao meu lado
E por ironia, nessa ninguém pode me ajudar
Só eu mesmo posso me salvar

Talvez uma sorte grande ajude
Coisa do destino, sabe?
Por outro lado eu tenho a fé
E de Deus o que vier...

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Impecável


Vasculhando as janelas do passado
Como um sopro trouxe ao meu presente
Delongas emoções de saudade
Deixaram-me deveras assim contente

Lembranças são como tatuagens
Em que grifamos em nossas vidas
As cores sempre a gente que escolhe
E também se serão desenhos ou feridas

Tão impecável é o nosso coração
Remetendo aos nossos olhos euforia
Que desembrulha em nossos lábios, um sorriso
Encomendado pela Dona nostalgia

É assim... Dessa vez não quero chorar
Embora pudesse, talvez
Porque tanto tempo já faz
Se pudesse faria tudo outra vez

Impecável é mesmo o destino
Arrumando cada esquina
Alinhando cada caminho
Apontando a quem deve sua sina

Em outrora foram tantas brincadeiras
Noutras sem a aurora uma noite de conversas
Esconde- esconde de memórias e canções
Vem à tona e se esvai sem muita pressa

Ai que saudade dos meus dezesseis
O tempo voa, ás vezes atropela
De cada janela trago uma paixão
De uma vida essa é minha parcela

A voz que vem de longe tem cheiro de perpétua
Desperta os mais nobres sentimentos
Aflora um gostinho de saudade
De impecáveis e belos acontecimentos.
                                                           "Efêmero dos Devaneios"

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