sábado, 6 de agosto de 2016
Incurável
Há uma ferida dentro de minha alma, que não se fecha, não se cala, não se salva.
Há uma ferida dentro de minha vida, que fere o tempo, fere as horas, fere os dias e aflora toda essa agonia.
Me limitando a cura e a cicatriz, me impedindo novamente de ser feliz, deveria ter ido embora, fugido como um covarde, hoje essa ferida só arde, porque resolvi ficar
Mas o que não mata, mata e fortalece, só que não há reza ou prece que me tire esse pesar
Te amar era acalanto, hoje é tristeza e pranto, te ver a outro amar. Meus olhos querem chorar, mas o coração está tão frio, tão vazio, que nem teima lacrimejar
Aflito. Convivo comigo, cínico, em sorrisos e em companhias.
Pois o riso é de melancolia, queria mesmo era ver você voltar.
Você me amar.
"Efêmero dos Devaneios"
segunda-feira, 25 de julho de 2016
Sorrir
Entre vidas, idas e vindas
Amigos, desconhecidos, pessoas comuns
que se tornam especiais
Vejo com os olhos do mundo
Sem ódio ou sentimento triste algum
A áurea brilhante de quem acredita
Na felicidade, na humanidade
No sorriso simples, e ainda há quem diga
que sorrir não basta!
Ideia nefasta.... Nao deixe que te convençam que teu sorriso não é valioso.
Aproveitando cada segundo, sigo destemido, rindo em todos momentos, sem graça quando são tensos. E quando são de amor, intensos.
Olhe, mas olhe com seu olhar paralelo, de um universo paralelo, que se abre em cada sorriso sincero.
Invisível aos olhos de quem só aprendeu a enxergar o que o mundo queres que veja
Enxergue em si a beleza... e de olhos fechados observe e sinta a energia que manifesta o local, onde se reúnem lábios juntos a sorrir.
"Efêmero dos Devaneios"
sábado, 28 de maio de 2016
Aquela dor
Aquela dor de querer tomar atitude
E não poder
Aquela dor de fingir te esquecer
Sobre mil dores situadas
Nesse coração
Todas são diluídas
Num sorriso de ilusão
Falo sobre aquela dor de ter que aceitar
Aguardar o tempo fluir
Aguardar o tempo passar
Você fingido estar feliz
Eu fingindo nem estar
Meu corpo está por aqui
Meu coração do lado de lá
Se eu te convidar pra fugir
A gente arrisca pra ver
Deixamos as dores de lado
Destilado entre eu e você
Um brinde aquela dor
Que nos afastou
E nos aproximou
Do verdadeiro amor.
"Efêmero dos Devaneios"
domingo, 15 de maio de 2016
Seu velho jardim
Fingi não saber
Resolvi não dizer
Respondi, sei lá
A verdade é que todos os versos
Me levavam a você
Eles eram você
No cheiro, na grafia e no prazer
Por mim eu te entrelaçava em minhas danças
Te envolvia em minhas mudanças
Te roubava pra minhas viagens
Excluiria do peito esse gosto de saudade
Trago comigo um amor no peito
E o símbolo dele no pé
Que encobrirei com um coração perfeito
Que ironia, não é?!
Não consigo deixar de amar assim
De uma hora pra outra
De um ano pra outro
Como se troca de roupa
Tenho um coração aéreo
Que muito se apaixona
E pouco se ama
Mas não se engana
Quando ama, ama de verdade
Se entrega inteiro e com a eternidade
Parabéns pelo seu novo jardim
Tuas flores antigas ainda vivem em mim.
"Efêmero dos Devaneios"
terça-feira, 22 de março de 2016
Terrorismo Sentimental
Coração desapega dessa ideia de se apaixonar, escora teus ombros no vazio e segue adiante.
Quantos tapas na cara a vida vai ter que lhe dar pra voce entender? Que só deve bombear sangue e nada mais
Quantos tapas mais?
Feridas abertas, feridas fechadas e não cicatrizadas, cada vez que se abre a um outro alguém, vc se desarma e se entrega, e se fere.
Será que desamor não digere?
Inclina-te ao teu amor, e deixa de sentimentalismo.
Paixão é sempre terrorismo!
"Efêmero dos Devaneios"
segunda-feira, 14 de março de 2016
Noite do cabelo preto
A noite vem num sopro leve
Com cabelos pretos, pele em neve
E eu admirado, me abro, me arreganho
Fisgado em seus olhos de luar castanho
A madrugada me dispersa
No meu canto como um gato persa
Silencioso e sozinho
Esperando, pedindo seu carinho
Rolo na cama, me enrolo em lençóis
Me esquivo da insônia, querendo sua voz
E fico pensando na noite de cabelo preto
Escorridos em todo meu peito
A pele branca da noite calma
Me toca a mão, me indaga a alma
Se ainda acredito no amor?
Como não vou crê no que sou?
Como não vou crê no que sou?
Isso meu beijo já te mostrou.
"Efêmero dos Devaneios"
sábado, 5 de março de 2016
Paquera
E então... Aconteceu
Ela tocou diferente
Tocou com a alma
Tocou com mais calma
Agiu também diferente
Veja só que cara de sorte
Delicada e sorrateira
Não com muita sede ao pote
E quando ela sorriu diferente...
Nao vi mais nada ao meu redor
Me deu calor, me deu euforia
Meu coração deu um nó
E a noite nublada
Ficou estrelada
Até a lua apareceu
Ela me olhou diferente
Num silêncio entre a gente
E então... Aconteceu.
"Efêmero dos Devaneios"
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Lavando seu coração
Prepara sua vida e lava esse peso da alma
Mantenha a calma
Cara feia sem fome é só atraso homem
Tu sempre foi forte, tu sempre foi longe
Tira esse negativismo de cima da mesa
Afoga tua mágoa num copo de cerveja
A vida é uma beleza com suas destrezas
Carregar tristeza pesa de mais
A lágrima contida aperta e maltrata
Cospe essa angústia, risca com a faca
Larga mão de ser tão ranzinza
Sorri pra vida e não agoniza
Você precisa de paz, você precisa, rapaz!
Quanto tempo leva pra entender?
Quantas vidas tu tem de viver?
O que mais tu precisa sofrer?
Queria abrir tua mente, te fazer mostrar mais os dentes
Mesmo no escuro, mesmo na dor
Tu insiste em ser o frio
Ainda que esteja calor
É tudo culpa do rancor!
Deixa o passado de lado
Problemas serão sanados
Se você reaprender a sorrir
Sorria pra vida, deixe fluir
O tempo passa e a vida atua
A vida passa e o tempo atua
E você? Vai deixar o espírito adoecer???
A escolha é toda tua!
Evolua!
"Efêmero dos Devaneios"
domingo, 24 de janeiro de 2016
Novo rumo, nova aurora
Vamos lá
Vamos lá pra onde?
Onde o sol se esconde
Onde se esconde a dor
Vamos ver o mundo diferente
Ser e não fingir estar contente
Deixar de lado a serpente
Que envenenou o amor
Destila toda essa maldade
Rancor é algo tão covarde
Não vale a pena
Não vale o sabor
Experimentar
uma nova aurora
Aquela era bonita, mas já foi embora
Sente esse novo amanhecer
Melancolia pra que?
Se está assim, era pra ser
Cantar ou escrever
Pros anjos ou pra você
É o melhor a fazer
Tudo sempre passa
De forma lenta, ou de forma rápida
Passa e depende de você
Digerir a angústia e respirar o prazer
Abre o coração e tranque a porta
Pois se ela não volta
Você já cansou de chorar
Pra vida agora vá se doar, vá!!
"Efêmero dos Devaneios"
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
Enredo
Um olhar, uma musica, um “vem comigo dançar?”
Bebidas, areia de praia, alegria, cheiro de risos no ar
Rodopio no vento, coração forte e lento...
Felicidade são momentos!
Ensejos, corações indefesos, um beijo
Silenciou o luar...! Sabor de desejo
Calor, fogo, corpos em erupção
Magia, euforia, não havia melhor sensação
Da noite pro dia a gente sorria
A mente vazia, o sol que nascia
Nós dois só sabíamos sentir
Dane-se o mundo, deixa a vibe fluir
Falação, brincadeira, bobagens, bobeiras
Uma noite inteira pra nós
O ano começou perfeito
Assim como o tom de sua voz
"Efêmero dos Devaneios"
Viajante da vida
Sempre fui
viajante, ainda que no mesmo lugar
Nunca me
permiti ser apenas de um só local
Minha mente,
meu coração e meu espírito sempre a vagar
Me
transformaram em um transcendente espiritual
*
Resolvi
dar-me ao mundo, me entregar
Por
todos locais onde eu possa sentir
A brisa
do sol, da lua, do mar
Sentir
cores e sabores e me diluir
*
Por
esse mundo maravilhoso e exótico
Dançando
nos braços do vento eu vou rodar
Às
vezes tranquilo, noutras vezes retórico
Conhecendo
em cada canto um jeito de amar
*
Conhecendo
em cada ser, uma forma de amor
Verdades
diferentes atrás de cada olhar
Em cada
beijo, um suspiro, um calor
Cada um
tem em si tanta historia a contar
*
E pelo
litoral norte me entorpeci
De natureza,
maresia e sorriso
Sorriso
esse que não esqueci
Tão leve,
tão solto e tão vivo
*
Uma
certa vez li um dizer
Que um
corpo quando toca o outro jamais será o mesmo
E nesse
sorriso havia tanto prazer
Que meu
coração até veio a esmo
*
E em tão
pouco tempo me fez enxergar
O quão
sublime é ser desprendido
De tudo
aquilo que vá atrapalhar
Na arte
de fazer sorrir seu destino.
"Efêmero dos Devaneios"
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