quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Viajante da vida


Sempre fui viajante, ainda que no mesmo lugar
Nunca me permiti ser apenas de um só local
Minha mente, meu coração e meu espírito sempre a vagar
Me transformaram em um transcendente espiritual
Resolvi dar-me ao mundo, me entregar
Por todos locais onde eu possa sentir
A brisa do sol, da lua, do mar
Sentir cores e sabores e me diluir
 *
Por esse mundo maravilhoso e exótico
Dançando nos braços do vento eu vou rodar
Às vezes tranquilo, noutras vezes retórico
Conhecendo em cada canto um jeito de amar
Conhecendo em cada ser, uma forma de amor
Verdades diferentes atrás de cada olhar
Em cada beijo, um suspiro, um calor
Cada um tem em si tanta historia a contar
E pelo litoral norte me entorpeci
De natureza, maresia e sorriso
Sorriso esse que não esqueci
Tão leve, tão solto e tão vivo
Uma certa vez li um dizer
Que um corpo quando toca o outro jamais será o mesmo
E nesse sorriso havia tanto prazer
Que meu coração até veio a esmo
 *
E em tão pouco tempo me fez enxergar
O quão sublime é ser desprendido
De tudo aquilo que vá atrapalhar
Na arte de fazer sorrir seu destino.

"Efêmero dos Devaneios"

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