segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Eu, Você, a Chuva e o cais.


Aquela noite era um dia
Onde tudo ia mudar
Nasceria a fantasia
Que acabara de matar

Parecia uma noite fria
Fria como o olhar
Que você me olhava fria
Sem se importar

De repente foi um show
Quando você me beijou
Tinha gosto de rock roll
Contagiante como o soul

Logo estava eu e você
Numa escadaria
Começava a chover
Mas só o que eu ouvia

Era que tinha um trem passando
Levando medo e engano
Embaixo de nossos pés
Em frente ao oceano

O coração dançava Jazz
Era leviano
E o som da chuva nos convés
Parecia até piano

A chuva aproveitava
O nosso momento a dois
Lavava o passado
Que deixamos pra depois

Enquanto você foi pra casa
A chuva me acompanhou, até a minha
E foi nos meus colchões
Que o vicio então voltou

Pensar, sentir, lembrar
Até o amanhecer
Quando a noite acabou
Meu ar era você

Lembrar, pensar, sentir
O toque que vem de você
Quando a noite acabou
Meu O² era você.
                               “Efêmero dos Devaneios”

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Então Diga!

Venha pra cá
Não tente mentir
Sente ao meu lado
Eu quero te ouvir

Fique em silêncio
Pra poder escutar
O que a voz de dentro
Insiste gritar

Não diga nada
Não hesite me olhar
Não diga nada
Não hesite me amar

O dia inteiro foi só pra escrever
Uma tarde tão linda
Que eu pudesse entreter

Teus sonhos, teus gostos
Teus risos, teus choros
Teus lábios, teu corpo
Teu vício no meu

E a noite invadiu o meu peito
Teus olhos marcaram minha alma
Teu cheiro tomou meu ser
Teu jeito me tira a calma

Tua ausência me traz angústia
Tua ira me dá calor
Perder você me dá medo
Te ver chorar cauda dor

Confuso me encontro
Em teu conto
Sem moral da história
Ou final feliz

Queime de vez esse livro
Ou faça como a música diz
Mas lembre-se que um sem o outro
É como uma flor sem raiz.
                                     “Efêmero dos Devaneios“

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Cancíon de J’ess ica...

Sumir seria bom
Se isso que eu sinto
Fosse também sumir

Faz tanto tempo
Que é até difícil
Aceitar que tudo ainda possa existir

Pelo menos em mim
Simplesmente em mim

Juro que tentei
Tais sentimentos afogar
É difícil, eu sei
Respirar sem me lembrar

De você em mim
É simples assim

Para de teimar em crer
Tudo que não vai provar
Só pra fingir não ver
O que é tão fácil enxergar

Tudo que tu és pra mim
A culpa é sua eu ser assim

Turista pela solidão
Passeio com meu coração
E vejo você, somente você
Como a grande atração

Ainda vou te encontrar
Nos mesmos braços que a perdi
Nos braços do destino

Que sonhei pra ti
Que sonhei pra nós
Que não me esqueci.
                             “Efêmero dos Devaneios“

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