terça-feira, 26 de abril de 2011

A lágrima escorrida da vida.


A vida foi divertida
Pra quem simplesmente
Se entregou

A vida foi tão sofrida
Para aquele
Que nela passou

E nem viu ela passando
Nem sentiu ela chorar
Sorrir, gritar e cantar

Se eu pudesse voltar
Seria tão...
Não sei

Porque nós nunca sabemos
Apenas vivemos
Ou fingimos viver

E de tudo que acontece
Entre choros, risos e preces
No fundo só vamos levar

Lembranças, memórias
Afetos, e marcas
De um passado que se foi

E nunca mais vai voltar
È fato de arrepiar
Saber que tudo que vivemos

Jamais igual um dia será
Arrependimentos por não ter feito
Arrependimentos por assim fazer

São só ressentimentos
No qual não vamos
Reviver

E aquele olhar solitário
Que levava no primário
Hoje só vou recordar

E aqueles meus amigos
Amores sonhados
Amores perdidos

Quem será que vai lembrar?

Além de mim
Além do coração
Além dos segredos da solidão

Tantos amores e rumores
Tantos amigos e brigas banais
Tantos, tantos e tantos que às vezes até tanto faz

E se essa lágrima que cai
Enquanto escrevo e me lembro
Revive toda lembrança

Dos meus tempos de criança, onde não conhecia a dança
Que hoje conheço, mas não sei dançar
Que chamam de vida, ou de passagem

Sei que hoje, minha bagagem
Tem muitos sonhos pra gastar
Muitas lágrimas pra molhar

Muito amor pra entregar
Muita dor pra ensinar
E os melhores amigos

Pra essa bagagem ajudar a carregar
Se serão para sempre
Ou se apenas serão

Isso já não me importa
Só quero que na minha porta
Adentre as mais fortes sensações e mais marcantes emoções

Pois como um dia um amigo
Disse para um amigo meu
Um dia sentiremos saudades disso

Desse tempo que se perdeu!

Se ontem fui o dono da razão
Hoje nem sem quem tem ela
Talvez a culpa é da paixão

Mas mesmo assim a vida é bela
Se ontem quis a solidão
Hoje só deslizo nela

O que eu sei, é tudo aquilo
Que não sabia, e nem saberei
Pois tudo aquilo que descubro

Se cobre por outra vez
E quando assim está descoberto
Já nem era como antes

Mas, a vida é mesmo louca
Um infinito romance.
                              Efêmero dos Devaneios

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Em um outro oceano quem sabe.


Fiz um barquinho de papel
Para navegar no mar de mel
Dessa doce saudade
Que invade o meu olhar

Minha grande ilusão
O barquinho não seguiu
Sua direção

E ele se perdeu
Deixando tudo e eu
Nem sei como saber
O que fazer

Só queria avistar
Você vindo do horizonte
Se banhar, no mar
Que existe em meu coração

Mas, morena
Sei que sua lágrima é pequena
E sei também do meu engano
De querer te dar meu oceano

Se em outros tempos tu vier
Outro barquinho eu tiver
Vou te levar pra navegar

E mostrar o fim de tarde
Que invade o meu olhar
Morena...
                         Efêmero dos Devaneios

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Uma canção de tom baixinho.



Lanço aos anjos
Preces de carinho
Nos meus arranjos
O tom hoje vem baixinho

Peço para te abençoar
A canção é só pra sentir
Você dançar

Já que não sou seu par
Posso ser só o seu maestro
Para poder numa canção levar
Seu coração num tom que orquestro

Os anjos vão dançando
Te proteger
Ouvindo a canção
Que inventei só pra você

Sempre que dormir
Vou cantar pra ti
Mesmo que de longe
Tenho a esperança que vais me ouvir.
                                       Efêmero dos Devaneios

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Lembrete

Lembra de todos os beijos
Escondidos para mim
Lembra do desejo que transbordava
Logo assim, que você me via te olhar

Guarde numa mala e jogue para o céu
Que eu vou implorar ao vento
Que não a deixe ao léu

E pedir para trazer até aqui
Dentro do meu coração
Onde a saudade por você
Já é imensidão

Nem sei mais teu nome
Pelo menos finjo não saber
Nem sei mais o teu cheiro
Pelo menos finjo esquecer

Mas, o teu olhar
E a doce forma de falar
O teu lábio carimbou
Em cada canto do meu corpo
Em forma de amor.
                                Efêmero dos Devaneios

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Da janela do meu quarto...


Da janela do meu quarto
Eu crio um retrato
Da vida curtida
Vista daqui

Vejo a rapaziada
De camisa suada
Pela alegria
Da correria de viver

Admiro as mulheres
Desfilando em séries
Com seu rebolado
Indo e vir

A lua, a nuvem e as estrelas
Como é lindo vê-las
Misturando cores
Nesse céu de anil

Ah... Se da minha janela
Eu pintasse um quadro
Seria o mais belo de todos os retratos
Que no mundo existiu.
                                     Efêmero dos Devaneios

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Um aprendiz.

O aprendiz que aprendeu diferente
Eu aprendi vivendo loucamente
Não tenho culpa se o insano atrai minha mente
Meu coração palpita alegremente

Vou seguir aprendendo com a vida
Os meus momentos ruins eu perdi na avenida
Tudo que eu guardo de bom já está lacrado
Escondido no olhar e o êxtase é o cadeado

Darei um beijo, se teu beijo for mais doce que o meu
Toco teu o corpo, se teu toque for mais quente que o meu
Mas não me peça, para eu ser só seu
Sou indomável, tanto quanto o mundo é todo meu.

Dancei pra sorrir em momentos de solidão
Sorri pra dançar e tirei meus pés do chão
Como é bom ter o dom de ser sonhador
Eu vivo caçando sonhos que o coração criou

E hoje vejo que aprendi a sorrir
Até quando dizem que não vou conseguir
O que eu mais gosto de chegar no final
É quando olho pra traz sorrindo e grito: Waulll!

Te dou um beijo, se teu beijo for mais doce que o meu
Toco teu o corpo, se teu toque for mais quente que o meu
Mas não me peça, para eu ser só seu
Sou indomável, sou o mundo, o mundo é meu..
                                                               Efêmero dos Devaneios.

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