A vida foi divertida
Pra quem simplesmente
Se entregou
A vida foi tão sofrida
Para aquele
Que nela passou
E nem viu ela passando
Nem sentiu ela chorar
Sorrir, gritar e cantar
Se eu pudesse voltar
Seria tão...
Não sei
Porque nós nunca sabemos
Apenas vivemos
Ou fingimos viver
E de tudo que acontece
Entre choros, risos e preces
No fundo só vamos levar
Lembranças, memórias
Afetos, e marcas
De um passado que se foi
E nunca mais vai voltar
È fato de arrepiar
Saber que tudo que vivemos
Jamais igual um dia será
Arrependimentos por não ter feito
Arrependimentos por assim fazer
São só ressentimentos
No qual não vamos
Reviver
E aquele olhar solitário
Que levava no primário
Hoje só vou recordar
E aqueles meus amigos
Amores sonhados
Amores perdidos
Quem será que vai lembrar?
Além de mim
Além do coração
Além dos segredos da solidão
Tantos amores e rumores
Tantos amigos e brigas banais
Tantos, tantos e tantos que às vezes até tanto faz
E se essa lágrima que cai
Enquanto escrevo e me lembro
Revive toda lembrança
Dos meus tempos de criança, onde não conhecia a dança
Que hoje conheço, mas não sei dançar
Que chamam de vida, ou de passagem
Sei que hoje, minha bagagem
Tem muitos sonhos pra gastar
Muitas lágrimas pra molhar
Muito amor pra entregar
Muita dor pra ensinar
E os melhores amigos
Pra essa bagagem ajudar a carregar
Se serão para sempre
Ou se apenas serão
Isso já não me importa
Só quero que na minha porta
Adentre as mais fortes sensações e mais marcantes emoções
Pois como um dia um amigo
Disse para um amigo meu
Um dia sentiremos saudades disso
Desse tempo que se perdeu!
Se ontem fui o dono da razão
Hoje nem sem quem tem ela
Talvez a culpa é da paixão
Mas mesmo assim a vida é bela
Se ontem quis a solidão
Hoje só deslizo nela
O que eu sei, é tudo aquilo
Que não sabia, e nem saberei
Pois tudo aquilo que descubro
Se cobre por outra vez
E quando assim está descoberto
Já nem era como antes
Mas, a vida é mesmo louca
Um infinito romance.
Efêmero dos Devaneios
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