sábado, 21 de maio de 2011

Passam, passam e passam.



É só mais um dia que não vai dormir cedo
Uma tarde fria, de sol, onde o medo é o brinquedo
Uma noite apenas, onde a tristeza está com insônia
É só mais uma madrugada de infâmias

O tempo e os dias passam, passam e passam
E ninguém vê teus medos, teus sonhos, tuas angústias
Tuas saudades, tuas solidões, tuas verdades chulas

Mas não me importo, o mundo não é o bastante
O tempo afinal é só um instante
A vida afinal vai além do que se vê
Afinal o que é a vida pra você?

O amor, a saudade e as paixões passam, passam e passam
E eu já não me vejo como antes, meu reflexo está diferente
Um dia sereno, noutro nervoso, às vezes tão triste, noutro contente

E o que digo pra mim em dias assim?
Onde lembro só de você e esqueço de mim
Isso soa tão clichê, mas não vejo outro jeito
Pra poder mostrar que há tempos não me ajeito

A dor, a mentira e as tristezas passam, passam e passam
E fingindo viver como se fosse o último dia
Só pra esconder de mim toda essa agonia

Queria ser como a essência do carpe diem
Queria saber de que mundo foi que vim
Já que não me sinto daqui
Depois que o meu tudo acabar pra onde que eu irei ir?

Afinal a vida e os viventes passam, passam e passam.
                                                                   Efêmero dos Devaneios.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Todo meu amor agora é só guerra.

Preciso de um baque mais forte
Preciso de um drink que sopre
Um vento que simule a morte
Fazendo em meu peito um corte

Sobre meu coração sem sorte
Tenho o destino como suporte
O amanhã me entrega um passaporte
Para eu sumir desde o sul ao norte

Por mais que não me importe
Minha lembrança agora é só um recorte
Onde guardo junto a picotes
De segredos meus

Que me ajude, óh Deus
Não me sinto mais um semideus
Preciso da força de Zeus
Pra explodir esse meu museu

Com raios vindo de um apogeu
Eu sei que o mundo me esqueceu
E hoje não tenho mais mundo e nem Era
Já que o mundo era ela

Já que não és mais tão bela
Teus olhos revelam seqüelas
De um amor esquecido na cela

Que teu egoísmo aprisionou e não vela
Teu céu azul, agora amarela
Todo meu amor agora é só guerra

Onde a paz não é vista na Terra
E assim o meu peito congela
Nunca mais me olhe nos olhos, óh maldita donzela. 
                                                           Efêmero dos Devaneios

domingo, 15 de maio de 2011

Aquele que esqueceu de amar.

Sinto saudades de amar
Me fugiu o cheiro do amor
Não quero mais esperar
Aquilo que o vento levou

Tenho o amor, mas não sinto
Nem sei por que chorar
Mesmo assim eu choro
Só pra tentar me lembrar

Do tempo em que tinha
Um grande amor
Do tempo em que sentia
Todo seu calor

Então sigo em desilusão
Tendo vários falsos amores
Esperando que um dia
Eu não seja tantos atores.
                                        Efêmero dos Devaneios

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