sábado, 21 de maio de 2011

Passam, passam e passam.



É só mais um dia que não vai dormir cedo
Uma tarde fria, de sol, onde o medo é o brinquedo
Uma noite apenas, onde a tristeza está com insônia
É só mais uma madrugada de infâmias

O tempo e os dias passam, passam e passam
E ninguém vê teus medos, teus sonhos, tuas angústias
Tuas saudades, tuas solidões, tuas verdades chulas

Mas não me importo, o mundo não é o bastante
O tempo afinal é só um instante
A vida afinal vai além do que se vê
Afinal o que é a vida pra você?

O amor, a saudade e as paixões passam, passam e passam
E eu já não me vejo como antes, meu reflexo está diferente
Um dia sereno, noutro nervoso, às vezes tão triste, noutro contente

E o que digo pra mim em dias assim?
Onde lembro só de você e esqueço de mim
Isso soa tão clichê, mas não vejo outro jeito
Pra poder mostrar que há tempos não me ajeito

A dor, a mentira e as tristezas passam, passam e passam
E fingindo viver como se fosse o último dia
Só pra esconder de mim toda essa agonia

Queria ser como a essência do carpe diem
Queria saber de que mundo foi que vim
Já que não me sinto daqui
Depois que o meu tudo acabar pra onde que eu irei ir?

Afinal a vida e os viventes passam, passam e passam.
                                                                   Efêmero dos Devaneios.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores