domingo, 27 de dezembro de 2015

Fim da estrada


Dói não ter um peito a quem retornar
Maltrata, dilacera e reprime um coração
É triste voltar de viagem sem ter ninguém a te esperar

Sem ter um doce amor ansioso pra te ver sorrir
Sem ter aqueles olhos de saudade felizes por te ver chegar
Te abraçar e te sentir

Essa falta, essa lacuna, esse vazio
Faz a mente nunca querer sair da estrada
Viver eternamente viajando
Sem ter um local pra retornar

Simplesmente se jogar no mundo
Sem itinerário e sem data de volta
Dói mais ainda saber que o destino
Não vai te trazer de volta

Para poder sorrir com a minha volta
Com o meu retorno
Aí que saudade do teu abraço apertado
Que me fazia acreditar que o lugar mais seguro do mundo, era ali

Dentro dos seus braços.
Pertinho de ti.
"Efêmero dos Devaneios"

Ontem eu tive um sonho


Eu sonhei com você
Com pássaros, mares e viagens
Sonhei com uma vida a dois
Era eu, você, o agora e nunca o depois

Havia um pôr do sol numa praia tão bela
Onde riamos de mãos dadas
Como dois adolescentes
Em seu primeiro amor

Sonhei em compor...
E me recompor com mais do teu amor
Sonhei também com uma garotinha com a sua voz
Brincando entre nós

Era nossa garotinha
Sapeca como o pai
Linda e reluzente como a mãe
Sonhei com champagne

Comemorávamos todos os anos
Os nossos anos
No sonho olhávamos um para o outro
De maneira apaixonante

Sonhei ser teu diamante
Ter sua cabeça sobre meu colo
Numa noite fria de inverno
A trilha sonora era um solo

Amy Winehouse, Bob Marley ou Marvin Gaye
Que música era eu não sei
Teu perfume e teu calor não me permitiram lembrar
Só neles conseguia pensar

Eu tive um sonho
Onde você sorria e dizia
Que nunca iria partir
Que o amor jamais iria sumir

De repente tudo mudou
Eu ou você acordou?!
Não chore, não trema, não suma
Não deixe que a saudade assuma

Do sonho você acordou
Mas eu fiquei preso no limbo
Sem saber como voltar, sem querer voltar
Um dia tu vens me buscar????!              

Um dia tu voltarás a sonhar?
Sonhar comigo outra vez
Meu coração clama sua volta
Um dia parece um mês

Eu tive um sonho, minha baby
Ele não acabava assim
Éramos juntos a felicidade
Nem enxergávamos o fim

Quem acordou quem?!
Quem me roubou de mim?
Conceda só mais uma chance
Uma revanche pra eu te fazer feliz

Até ontem eu tive um sonho
ONDE VOCÊ ERA PARTE DE MIM.
                                               “Efêmero dos Devaneios"

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Eu estou pronto pra morrer


Eu estou pronto pra morrer
Ouvi de minha consciência isso, várias vezes hoje
E ainda não era nem meio dia

Não é que eu queira morrer, mas quando se vem à vida.
Você já está entregue a morte
Então, a que devo temer?

Não vou fugir dessa façanha
Nem me esconder em entranhas
Vivo de forma tamanha
Que a morte quando chegar, não tenha o que me lamentar
Nem entristecer

Presságios eu mando ao inferno
Sempre preferi surpresas e atitudes
Incrédulo de algumas virtudes
Mas sempre sincero

Eu estou pronto pra morrer, assim como morreu meu amor
Mas ele, ele o mataram, e por ironia, morto por quem amou
Morrer de amor não dói, o que é foda é continuar vivendo
O fantasmas das lembranças ferem, parece até fazer complô com a solidão e a melancolia
 E se juntam na noite, e te perturbam de dia.

Assim como um escudo, tu te tornas uma pessoa fria
Frieza essa que se assemelha a morte
E ainda assim tu vive
Que vida a morte leva?!
Antes dela levar a vida??

Morrer não dói, mas deixa saudades
Saudade sim dói, machuca, aperta, oprime
E maltrata.
E essa mesma saudade te faz sorrir e chorar

São tantos paradoxos que nos metemos
Que a vida em si, tem seus extremos
Vivemos torcendo pelo final de semana
Desejando a cada domingo, que o tempo acelere
E por outro lado, torcemos pra que o tempo não atropele
Nossa juventude, e retarde nossa velhice

Que tolice!!
Como acelerar e parar o tempo ao mesmo tempo
Talvez essas perguntas e segredos sem respostas
A morte nos explique
Eu estou pronto pra morrer
Só espero que a morte não fique.
                                 "Efêmero dos Devaneios"

Colateral

Curvas frias nas ruas vazias do peito, trazem um trajeto amargurado do sujeito.
Que achava que podia controlar seu coração, teimava em se guiar, se conduzir pela emoção.
Acreditava ser mais feliz dando razão aos sentimentos
Menino tolo, colecionando cortes e perdendo amadurecimento
Abominava todos que tinham coração gelado
Demora quanto tempo pra perceber estar enganado?!
Demora quanto tempo pra entender a si mesmo?
Vai demorar muito pra perceber um amor a esmo?
Os olhos trazem feridas que ninguém enxerga, com o tempo reflete na carne, a dor que o coração herda
E as vezes senhores de idade trazem um semblante amargo
Não é nem de uma vida sofrida, são frutos de um coração vago
Eu lembro como muito me mudou
E sinto agora com pesar, o quanto mudará.
Aonde tinha fogo, muito me queimou
O fogo era tão intenso, veja só, congelou
Dizem que nada muda a natureza da gente
Vamos ver se isso é verdade no decorrer, daqui pra frente.
Se é de amor que um coração apaixonado se alimenta...
Vamos deixá-lo provar ódio pra ver por quanto tempo ele aguenta.
                       "Efêmero dos Devaneios"

Fuergo que arde

Vou escrever pra ela
Será que ela merece
Dona de um fuergo
Que não queima só aquece

Eu me jogo nessa lareira
Pra ver o que acontece
Dançando no seu corpo
No seu rosto que rubrece

Com o toque do meu calor
Parecia até complô
Fogo com fogo
Gera muitas horas de amor

Muitos dias, por favor
Delírio ou sabor?
Escolhe teu desejo
Meu ensejo é teu rubor

Num quarto escuro
Local seguro?
Na praia ou na varanda
Eu me sinto em apuro

Teu beijo vem me salvar
No meu colo tu vens dançar
Eu pensando se eu danço
Ou se fico a admirar

Não importa o que aconteça
Eu já prevejo o futuro
Sussuros, sussurros
Lana Del Rey de fundo

Vertentes da sensação
De um vulcão em erupção
Refletindo nas batidas
Do seu nobre coração.
              "Efêmero dos Devaneios"

sábado, 5 de dezembro de 2015

Por um triz


Eu estou a ponto de me jogar daqui, pra bem longe
Fugir, e levar nada comigo
Só pra ver se assim eu consigo tirar você de mim

Eu estou por um fio pra entrar em colapso, não aguento mais esse chove e não molha, esse queima e assopra, não quero mais brincar de destino

Quero ser o destino, quero ser o menino, mas não pra brincar com o amor, ele não é brincadeira, nem coisa passageira, para com essa besteira, que a gente começou

To exausto nos sentimentos, consumindo meus pensamentos, árduo são os momentos dessa indecisão

O tempo está me cansando, não tenho tempo pra ficar esperando, todo esse tempo passar.

To me esforçando pra te ver chegar, to por um TRIZ pra te por numa sacola e te levar embora pra viajar, só pra você me ver chorar, de alegria, de amor, de tristeza, de loucura e beleza, chorar pelo seu olhar

Que sumiu faz dias, que volta e meia sorria, pra me ver sorrir, e agora sorri sozinho, um olhar mesquinho, finge me dar atenção.

Eu de novo, na contramão, sendo atropelado por esse amor embriagado que faz um estrago na minha vida, que machuca e sana a ferida
Que maltrata e acaricia, não aguento tanta indecisão

Não aguento as contradições, to por um TRIZ, de não responder por minhas ações, perdido em solidões, prestes a sumir no mundo

Sem roteiro, sem cabelo, sem paradeiro, sem vermelho, só preto e branco no olhar, mas se você voltar
Tudo será diferente, to por um TRIZ de ficar tão contente, só de ver você me acompanhar

Que saudade do teu colo, do teu solo, da tua raíz, do teu diz que me diz, antes de me beijar

Que saudade do teu vento, do teu sereno, do teu sorriso pequeno que surgia na hora de amar.

Não sei mais o que faço
Não sei mais o que fiz
Quando penso em você
Percebo que estou por um TRIZ...
"Efêmero dos Devaneios"

Incerto


Eu não quero te machucar
Mas sou tão desastrado com sentimentos
Eu machuco até os meus
Imagine os que passam aí dentro

Eu não quero te ferir, gosto de te ver sorrindo e da forma simples de que leva a vida por aí
Mas sou tão egoísta e desvairado
Tenho medo do seu coração partir

Deixa eu ser só um agrado, um momento de prazer
Deixa que o tempo se encaminha do resto
Haja o que tiver de ser

Eu lembro de termos falado sobre o ato de se entregar, uma lado sairá machucado
Espero que seja o meu, já estou tão acostumado, poupe,por favor, o seu

Teu modo de acreditar no acaso, e nessa mania de proteção, pode ser um arraso
Mas é um descaso com seu coração

Não quero te magoar, já fico triste só de pensar
Mas esse meu jeito intrépido
Não vou conseguir hesitar

Gosto de sua companhia
E gosto tanto da liberdade
Flui nossa conversa e manias
Não estava preparado pra essa intimidade

Sou um holocausto humano
Meu coração é urbano de mais
Teu jeito manso, sonhador, leviano
Pode não saber voltar atrás

Sincero e transparente te olho
E digo do fundo da alma
Minha cabeça está em confusão
Na tua presença ela se acalma.
                     "Efêmero dos Devaneios"

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