Eu estou pronto pra morrer
Ouvi de minha consciência isso, várias vezes hoje
E ainda não era nem meio dia
Não é que eu queira morrer, mas quando se vem à vida.
Você já está entregue a morte
Então, a que devo temer?
Não vou fugir dessa façanha
Nem me esconder em entranhas
Vivo de forma tamanha
Que a morte quando chegar, não tenha o que me lamentar
Nem entristecer
Presságios eu mando ao inferno
Sempre preferi surpresas e atitudes
Incrédulo de algumas virtudes
Mas sempre sincero
Eu estou pronto pra morrer, assim como morreu meu amor
Mas ele, ele o mataram, e por ironia, morto por quem amou
Morrer de amor não dói, o que é foda é continuar vivendo
O fantasmas das lembranças ferem, parece até fazer complô com a
solidão e a melancolia
E se juntam na noite, e te perturbam de dia.
E se juntam na noite, e te perturbam de dia.
Assim como um escudo, tu te tornas uma pessoa fria
Frieza essa que se assemelha a morte
E ainda assim tu vive
Que vida a morte leva?!
Antes dela levar a vida??
Morrer não dói, mas deixa saudades
Saudade sim dói, machuca, aperta, oprime
E maltrata.
E essa mesma saudade te faz sorrir e chorar
São tantos paradoxos que nos metemos
Que a vida em si, tem seus extremos
Vivemos torcendo pelo final de semana
Desejando a cada domingo, que o tempo acelere
E por outro lado, torcemos pra que o tempo não atropele
Nossa juventude, e retarde nossa velhice
Que tolice!!
Como acelerar e parar o tempo ao mesmo tempo
Talvez essas perguntas e segredos sem respostas
A morte nos explique
Eu estou pronto pra morrer
Só espero que a morte não fique.
"Efêmero dos Devaneios"
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