sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Estações


A vida nos ensina
Com boas lições
Tendo os dias como caderno
Em tempos de inverno

Mas também nos apresenta
Lindas surpresas
Quando a gente menos espera
Nas chuvas da primavera

Temos que ser sempre alegres
Sempre sorridentes
Pois amores vêm e vão
Nas loucuras do Verão

A vida também nos faz sonhar
E nos engana com falsos sonhos
As vezes até sentimos a dor do abandono
Nas solidões do Outono

E assim a vida passa
Às vezes a gente disfarça
Que não vimos ela passar

Mas no fundo, sempre sabemos
Que os caminhos que escolhemos
Sempre a pena valerá.
                            Efêmero dos Devaneios

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Convite à real fantasia


Eu te convido a viver
Em um mundo coberto de fantasias
Mundo este que sempre sonhaste
Que sempre brincaste de nele viver

Ah eu te convido
A ver as fadas do amor
Os duendes da paixão
Os encantos dos feitiços

Saias deste livro em que estás vivendo
Sem graça, monótono, sombrio
E venhas comigo, sem pensar em nada
Somente venhas, de corpo e de alma

Sentirás nesse convite um medo incrível
Temerás em aceita-lo, por não saber se realmente é real
Ou se será apenas uma vertigem
Assim como um livro passado te causaste

E olhando em seus olhos
Falo sem abrir a boca
Falo somente com os olhos
E com o coração

E tenho certeza de que me entenderás
E virás comigo, sentir a sensação deste mundo mágico
E serás no nosso mundo, esta fada que és, mas não sabias
Uma fada em forma de flor, ingênua, atrevida e sonhadora

Onde ao invés de sua vara de condão
Tens no lugar o sorriso mais belo que os homens já conheceram
Que ao ser exposto, hipnotiza e torna real
Todos os sonhos, desejos, amores e paixões

Agora escute-me, escute-me com atenção
O passaporte para esse mundo
Irá faze-la ir no mais profundo
Sentimento do seu coração

Sinta teus medos agora, sendo devastados
E seu prazer de aproveitar o momento, sendo intensificado
Viverás após isso pensando com o coração
Para ires até este mundo, só me abrace e prendas a respiração.
                                                                             Efêmero dos Devaneios

Game Over ??

O que passa em sua mente quando encontra a palavra acabou
Ou melhor, o que não passa em sua mente nessa situação
Um tremor, uma dúvida, insegurança, trava algo no coração
Fim de tudo, fim do nada, fim do que nem começou

Um enigma em meu olhar que nem posso enxergar
Foi lançado em meu rosto, desde que te conheci
Alguns segredos, muitos sonhos, como paixão eu floresci
E desde então esse enigma eu quero desvendar

E eu te digo, e digo somente a você
Que nessa indecisão eu não irei adormecer
Por mais que aperte e embaralhe tudo que vem à minha mente
Não será agora que deixarei partir, o olhar mais sorridente.
                                                                     Efêmero dos Devaneios

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Miragem

Não! Não me canso de olhar
Concentro-me e olho fixamente
Dentro desses olhos incandescentes
Para tentar acreditar

Acreditar que são verdades
Os afagos que tocam você
Que não! Não é uma miragem
E esse oásis, não vai desaparecer

Mas quanto mais eu mergulho
Em teus beijos que borbulham
Bolhas de alegria e amor
Mas entro em paranóia, que a ilusão começou

E se isso que sinto não for verdade?
E se isso que vejo não existir?
Será que vai sumir com o vento?
Ou vai ventar até mim?

Com essa imagem fascinante
Com tanta beleza interior em cores
Com esse sorriso tão radiante
Com mil e um sabores

Não pode ser uma miragem!

Além do mais, miragem não tem sabor
Miragem não dá pra tocar
Muito menos transmite calor
E nem faz faltar seu ar

Já que não é miragem, só pode ser sonho
E sobre este sonho, uma coisa eu sei
Mesmo que a solidão me de um banho
Tão cedo não acordarei...
                   Efêmero dos Devaneios

sábado, 23 de outubro de 2010

Simplesmente Liberdade


Dias de liberdade
São como rosas que voam com o vento
Embelezando todo o ar, o dia e a cidade
Sem saber pra onde ir, somente seguindo o instinto em momento

Mas digo a liberdade verdadeira
Não a falsa liberdade
Que engana a mente
Mas no fundo o coração sabe

Que está aprisionado pelos próprios sentimentos
Pelas proprias emoções, e sensações
Desprovido do calor e jogado ao relento
Sem véu de esquecimento, e saciando-se por ilusões
 
Amo ser livre, por isso desprendo-me de falsas ideologias
Não ligo pra hierarquia
No fim, sempre no fim
Todos temos o mesmo final

Sem riqueza, sem beleza
Só herdaremos histórias eternas
Amores de alta realeza
E todo o brilho cintilante da Lua interna

Sigo sempre assim apaixonado pelos pássaros
E pelo mar, misterioso mar
Pois eles sim, sabem saciar e se esbaldar
Da verdadeira liberdade

No qual o verdadeiro significado o mundo esquece
A verdadeira vivencia
Dessa tal liberdade em saliência
Só quem exala o amor a conhece.
                                              Efêmero dos Devaneios

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Tu que me tinhas acabou

Pra que tentar falar,
Com quem não sabe te ouvir?
Pra que buscar verdades,
Em quem só sabe mentir?

Não vou ficar arquitetando
Sonhos que só são em vão
Não vou ficar articulando
Pro seu surdo coração

Já que não podes me ver
Já que não sabes chorar
Percebo que em você
Só o vazio vai reinar

E eu não vou estar
Mais por lá
Para preencher

Todo espaço em branco
Que o teu peito em prantos
Solidificou! 
                        Efêmero dos Devaneios

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Amor, surrealismo verídico

Estou em busca do que um dia prometido
Já procurei nos lugares mais ousados
Fui até mesmo ao escuro de um lugar tímido
E percebi que lá estou abandonado

Sem rota de fuga, e sendo mesmo escravizado
Pela paixão entrelaçada ao passado
Que com carinho chicoteia meu olhar
Que abre cortes sem o escorro do sangrar

Estou fugindo de mim mesmo faz um tempo
Pois quem eu era, se confunde com quem é
Sinto o veneno de teu beijo correr lento
Ele não mata, porém não me deixa em pé

Porque em pé somente fisicamente
Não faz sentido, se a mente não respirar
E o coração que pulsa inversamente
Causa distúrbios nas visões de meu olhar

Tua frieza te torna o meu hesito
Fez-se mentira tudo que por ti foi dito
E o meu grito está sem forças pra clamar
Pelo o que tu insistias a me falar

Já perdido e sem a tua fragrância
Sigo um caminho pra bem longe de mim
Onde encontro romance em abundância
Nesse lugar aqui pra onde eu vim

Aqui sempre num final de tarde
Assisto a um espetáculo de amor
A doce onda vem abraçar a pedra
Que ali firme o dia inteiro a esperou

Como luzes do cenário, o crepúsculo
Criado pelo namoro da Lua com o Sol
E o mar ali refletindo tudo
Deste romance, é a pluma, o lençol.
                                            Efêmero dos Devaneios

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