terça-feira, 26 de outubro de 2010

Miragem

Não! Não me canso de olhar
Concentro-me e olho fixamente
Dentro desses olhos incandescentes
Para tentar acreditar

Acreditar que são verdades
Os afagos que tocam você
Que não! Não é uma miragem
E esse oásis, não vai desaparecer

Mas quanto mais eu mergulho
Em teus beijos que borbulham
Bolhas de alegria e amor
Mas entro em paranóia, que a ilusão começou

E se isso que sinto não for verdade?
E se isso que vejo não existir?
Será que vai sumir com o vento?
Ou vai ventar até mim?

Com essa imagem fascinante
Com tanta beleza interior em cores
Com esse sorriso tão radiante
Com mil e um sabores

Não pode ser uma miragem!

Além do mais, miragem não tem sabor
Miragem não dá pra tocar
Muito menos transmite calor
E nem faz faltar seu ar

Já que não é miragem, só pode ser sonho
E sobre este sonho, uma coisa eu sei
Mesmo que a solidão me de um banho
Tão cedo não acordarei...
                   Efêmero dos Devaneios

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