A noite vem num sopro leve
Com cabelos pretos, pele em neve
E eu admirado, me abro, me arreganho
Fisgado em seus olhos de luar castanho
A madrugada me dispersa
No meu canto como um gato persa
Silencioso e sozinho
Esperando, pedindo seu carinho
Rolo na cama, me enrolo em lençóis
Me esquivo da insônia, querendo sua voz
E fico pensando na noite de cabelo preto
Escorridos em todo meu peito
A pele branca da noite calma
Me toca a mão, me indaga a alma
Se ainda acredito no amor?
Como não vou crê no que sou?
Como não vou crê no que sou?
Isso meu beijo já te mostrou.
"Efêmero dos Devaneios"
Nenhum comentário:
Postar um comentário