quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dê vida à vida


No momento que a angústia te envolve
Logo quando a saudade lhe corrói a alma
Nesse instante que a nostalgia te convida
Para uma viagem perdida

O que fazes neste momento?
Ou o que fazes depois deste momento?
Eu sei, eu sei, tu esqueces a felicidade
Deixa aflorar a ferida, fecha os olhos pro mais belo
Fecha os olhos para a vida

Não ajas mais de tal maneira
Maneira esta que deves contrariar
Contrarie a angústia
Deixando seu coração em sereno alívio

Cante versos errados, mas lindos
Veja os cães abandonados, mas feliz
Sinta o vento louco, mas livre
Contemple no barro a beleza do lírio

Assim voltarás a olhar as nuvens
E nelas enxergarás um quadro de desenhos
Surreais, que dançam em sincronia
A música que alegria cantarola

Junte a saudade, dor, nostalgia e angustia
E as jogue na lagoa do medo
E deixe que afunde bem fundo
Formando assim, uma só marola

Já com a felicidade no peito
Sinta o sabor da tua vida
Não há gosto mais doce no mundo
Não há mundo sem o sabor da vida.
                                       Efêmero dos Devaneios

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