sábado, 11 de setembro de 2010

Meu inimigo amigo meu

Meu inimigo invisível
È mais visível do que eu
E ele é mesmo imbatível
Mesmo inimigo que o seu

Conversando no canto comigo
Como fugir tento pensar
Pois até mesmo meu abrigo
O inimigo pode comprar

Ele cheira a ódio
A alegria e a rancor
Consegue esconder o óbvio
Possui o dom da dor

Mais, sempre mais,
Muitos o querem como amigo
Mais, sempre mais
Ele está sempre contigo
Mesmo sem você querer

Por mais que você fuja
Não há como correr
Ele encontra sua fuga
E sem ele, tu vais morrer

Maldito seja esse indivíduo
Que sempre está no poder
Tão odiado e tão querido
Ele não perde, ele não morre
Só o vejo vencer

Mais, sempre mais,
Muitos o querem como amigo
Mais, sempre mais
Ele está sempre contigo
Mesmo sem você querer

Suas casas são nos abismos
Pintadas com sangue da injúria
Onde tomam vinhos reunidos
A ganância, o egoísmo juntos a luxúria


Inimigo, meu amigo
Que me mata, sem eu perceber
Inimigo, meu amigo
O mundo fede a você

Jovens morrem pela sua companhia
E os pais aplaudem com vigor
Toda essa ideologia
De verdades falsas que você criou

Mais, sempre mais,
Muitos o querem como amigo
Mais, sempre mais
Ele está sempre contigo
Mesmo sem você querer

E não importa o quanto eu grite
O quanto eu mostre para ti
O nome desse inimigo
Ninguém vai querer ouvir

Vão duvidar, vão ri da minha cara
Mas a cara desse cara, qualquer um pode ver
Mas a verdade custa cara
Todos os seus luxos vão desaparecer

Por isso o mundo não quer acreditar
Que nosso inimigo verdadeiro
É a droga do dinheiro
Que jovialmente entristece o meu cantar.
                                                       Efêmero dos Devaneios

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