terça-feira, 31 de agosto de 2010

O êxtase, beijo plangente


Qual seria a força de um beijo?
Até que pingo de sensação ele pode mudar?
Só se entregue ao momento, como um simples ensejo...
Ou conheça outra dimensão, aonde os lábios podem te guiar

Se em cada deslize dos lábios, houvesse um suspiro
Seguido de uma sufocação por excesso de prazer
E ao fechar os olhos, seu mundo desse um giro
Que elevasse ao esplendor o íntimo do seu ser

Você beijaria como antes?
Olharia-me assim como olhou?
Ou afundaria em um grande nuance...
Aumentando a paixão, o desejo e o calor?

Digo isso, pois já estou cansado
De tais beijos que o destino me apresenta
Nenhum deles é como no passado
Similar ao sabor que teu lábio ostenta

Não me afogo nessas áridas bocas
Elas têm gosto só de nostalgia
São lindas, quentes e ocas
É como sonhar sem abusar da fantasia

São quentes, porém, sem fervor
São lindas, mas não são perfeitas
Um contentamento sem o amor
Possuem nomes, mas sem a tua letra

Desde que tu foste embora
Sou um viajante que peregrino
Procurando em beijos uma nova aurora
Ou deparar com teu beijo reprisando em meu destino.
                                                                   Efêmero dos Devaneios

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores