terça-feira, 17 de agosto de 2010

As Flores

Mais uma noite de um dia
Sem contos de fadas e sem fantasia
Perdido no tempo, a mais de horas
Comparando seus olhos com a nova aurora

Olhando pra tudo sem focar em nada
Sentindo o âmago desta madrugada
Com olhares frios, vagos e opacos
Sentindo em meu peito um profundo buraco

Onde bem no fundo pode-se avistar
Sonhos perdidos e entrelaçados com o seu sussurrar
Sussurrar esse, tão ameno e carinhoso
Que ecoa lentamente, com um soar fervoroso

Umedecendo levemente minha angústia
Com lágrimas doces em estado de fúria
Lágrimas essas que escorrem em meu peito
De forma tão delicada, a me lembrar de seu jeito

Jeito esse no qual tudo me faz recordar
Desde um abraço sincero a um simples olhar
Desde ondas do mar explodindo nas rochas
A uma linda flor quando desabrocha

Por falar em flor, lembrei daqueles dias
Que olhando a mim, tu sempre dizias
Que plantei raras flores em seu coração
Tu as murchaste com a solidão?

Ou será que elas como de costume
Exalam a essência deste teu perfume?
                                                        Efêmero dos Devaneios

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