Quanto tempo ainda temos pra poder sonhar, pra poder sorrir, pra poder
chorar
Quanto tempo mais, ou quanto tempo menos, pra aprender a amar?
Quanto tempo ainda temos, pra poder temer?
Ou tomar coragem, deixar de bobagem e vencer
Alcançando sonhos, descobrindo amores, rasgando os rancores do passado
E esse coração já tão magoado, quanto tempo ainda vai poder bater?
Por você, por ela, por nós, pela voz que tem dentro de você
Eu não sei dizer, nem imaginar, ando avoado demais para isso
Quanto tempo temos pra essa saudade, que sempre invade tudo aqui
Tempo de esquecer,ou de reviver, ou só de rever o que quero
Hoje já nem sei, ando tão confuso, ando tão excluso de mim
Dizem que o tempo cura, mas nessa pele escura, não foi bem assim
Fiz prece pra santo, já mudei meu canto, todo esse pranto já silenciei
Calei meus pensamentos, sentimentos, vontades e silenciei
Já me magoei, já fui magoado, já magoei e silenciei
Mesmo encabulado, vou deixar de lado, pois pra vida não silenciei
Fecho as pálpebras inquietas como meu coração
Pra dormir sem me preocupar se o tempo vem ou se o tempo vai
Rezo antes ao pai, para me guiar nesse jogo de cai ou não cai
Por onde andei, o que hoje sei, é que o tempo nunca vai parar
E segue arrastando, tu querendo ou não
Tua solidão, teu sorrir, teu pesar
E se tu não corres pra acompanhar o tempo
Certo é que no tempo, tu que vais parar!
Só me diga apenas se ainda se lembra
E se vale a pena, eu também lembrar
Ando tão sensível
Com a alma que não aguenta mais
Memórias póstumas de um amor...
Imorrível.
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