segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Noite a dentro


Na noite quem fala mais alto
A consciência ou o coração?
A mente é tão barulhenta que silencia a televisão
Ser ou não ser eis a questão?
Deixei de pensar nisso há anos, desde que perdi a razão
Loucura e objeção, insanidade, desilusão, pra quem perdeu o rumo, qualquer vento é direção.
Concentro, acendo e respiro fundo
Responsabilidade no dia a dia, mas o coração tão moribundo, às vezes soa ironia
Sozinho sou o próprio inimigo, que inimigo cruel, sabe tudo sobre mim, desde o doce até o fel.
Singelo gosto no céu
 da boca,
amarga a garganta, a voz já rouca
coca, guaraná ou fanta?
Nenhum desses me afaga, nenhum desses adianta
minha alma  só o conhaque traga, pois assim retarda toda essa ânsia do amanhã, inquieta toda essa fúria do passado,
e assim como a embriaguez, se entrega ao hoje e ao agora, de repente não mais pensa, somente sente, somente aflora.

~ Efêmero dos Devaneios

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