segunda-feira, 10 de agosto de 2015

As Crônicas de Sagittarius II : Jardim do Éden



Se eu tivesse que dizer onde fica o fim do mundo
Sem duvidas iria saber, que é atrás de um rio sem nome
Onde nem quem lá habita sabe seu nome a fundo
Nem se interessa a saber

De lá eu vim, trouxe a bagagem, só sorriso e felicidade
Não me preocupando com o amanhã e seus problemas
Nem como tudo iria proceder do outro lado da cidade
Só deixei acontecer

Uma trilha curiosa, uma risada gostosa, e só
Céu em degrade, o barulho das ondas, e ela se despiu
Fingiu que nem me viu, sorriu e minha cabeça deu um nó
O que mais eu poderia fazer?

A noite nos envolveu e vi o quão estrelado é o céu nas praias do litoral sul
E na sua crise de respiração, que soava tão sexy, nos vimos a sós
Com as pedras, a lua, a areia e o nosso corpo nu
Devia ter fotografado você

De tão intenso o momento, depressa correu nosso tempo
Tão escuro quanto o caminho que tivera a percorrer
Eu daria uma semana inteira pra deixar aquele dia mais lento
Mas a ampulheta teimava correr

E num piscar de olhos, já vinha panela no fogo queimando
A pressão arterial aumentava, o fogo exalando pela casa
E novamente dois corpos se entregando
Era até bonito de ver

O paraíso no Éden é belo, assim como o mar de leite condensado
Se perder por ai é tão bom, quando se aproveita o momento herdado
Uma sauna no carro, uma noite divertida, outra vez aquela avenida?

A avenida do adeus
Um beijo, um cheiro

Um breu...
                                                           "Efêmero dos Devaneios"

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores