domingo, 30 de agosto de 2015

Perdido



Eu estou tão perdido
Que vivo me encontrando
Num beijo, num corpo, num vicio
Num riso, num timbre, num pranto

Me atiro num precipício todos os dias
E volto pra me ver cair
Só pra ver de longe, meus medos
E meus desenganos indo pra longe de mim

Eu estou tão confuso
Que vivo na indecisão
Se amo, se me apaixono
Se vago na solidão

Vivenciando a saudade
Só por hobby ou simpatia
Trocando o riso por choro
Somente por ironia

Meu próprio coração me trai
Minha mente nem posso contar
O acaso é meu melhor amigo
Por acaso quem vai notar??

E olha lá de novo
Quem cai no precipício
Com o peito tão perto do fim

E a alma tão perto do inicio.
                                "Efêmero dos Devaneios"

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