Meu peito, minha garganta, meu amor
Estão sem voz
Quem sabe de mim, não sabe
Das lágrimas nos meus lençóis
São só os meus olhos e meus pensamentos
Que cantam e falam por mim
Por mais que eles insistam
Tu não vai ouvir
O que já me fez sorrir
Agora molha meu rosto
E o amor que traço em mim
Não sacia o teu gosto
Sem seu ar, suas risadas e sua ironias
O meu sorriso adormecido
Não acorda há muitos dias
Então silenciei e poupei cordas vocais
Só para dar o ultimo grito
Só por hoje e nunca mais
Mas não se preocupe
Não escutará minha voz
Não te acordarei desse teu sonho
Onde é inexistente o pronome nós
Vou gritar alto pro alto
Para o som se dissipar
E na noite dos meus olhos
O grito vai me libertar
De tudo que eu lembro
Só pra não te esquecer
Um grito pesado e nostálgico
Ecoante vai dizer
Não quero aprender te esquecer
Mas, afinal
O fim tem seu final.
Efêmero dos Devaneios
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