quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Um alegórico como eu sou

Aventureiro, insano e desvairado
Sou eu, caminhando na estrada do espaço
Assinei o contrato de risco da vida
Quando nasci, no contrato já tinha minha escrita

Sem medos terrenos, sem medo da morte
No coração trago carinho e fortes e intensos cortes
Procurando nos silêncios, respostas
Para todas as dúvidas, que carrego nas costas

Com um olhar profundo e de criança
Na mochila tem lágrimas e esperança
Olhando pra frente, tropeçando em meus passos
Desfazendo inimigos e firmando laços

Agindo por um impulso pensativo
Vivendo intensamente, desafiando o perigo
Sou calmo, sou brando, sou um bom moço
Com inocência e malícia até o pescoço

Covarde é aquele que se covardia por dentro
Não namora a chuva, por medo do vento
Inconstante, dócil, confiante e encorajado por Deus
Labuto meu caminho, e me entrego aos seus

Amante sincero do amor
Independente de ser eterno ou se já passou
Só pela vida sou apaixonado
E por toda mulher que me deixe encantado

Não me entrego fácil, mas sempre estou entregue
A vontade de conhecer novos mundos, me persegue
E se assim for, e tal mundo durar só vinte e um dias
Já é o suficiente para despertar as minhas manias

Mania de sorrir, cantar, chorar e pedir
Para que o Sol brilhe sempre dentro de mim
E aqueça meus sonhos e meu coração
Entorpecendo-me com calor, devastando a solidão

Que é tão precisa, e precisa ser passageira
E pra pensar em você, só tenho a noite inteira
E pensando em você não há solidão
Pois me faz relembrar o gosto da emoção

Assim sou eu, que nem sei quem eu sou
Talvez eu seja humano
Talvez eu seja o amor!
                                                 Efêmero dos Devaneios

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