sábado, 1 de janeiro de 2011

Deixa

Não me olhe, mas deixa
Eu te recriar simples assim
Nada fale, não se mexa
Deixa eu te reinventar dentro de mim

Sentindo seu leve corpo como um sopro surgir
Enquanto as cores do mundo se misturam por aqui
Deixa por um momento eu te recordar e te sentir
Enquanto aquele seu perfume começa a fluir daqui

Deixa minhas lembranças como dança me envolver
Fazendo as curvas de suas coxas me levarem até você
Deixa que meu coração não precise repreender
Todo o toque dos seus lábios que estão a seu mercê

Deixa que eu fique por horas aqui a sóis
Eu, minha cama, a saudade e nada mais
Deixa que a chuva imite o timbre de sua voz
Enquanto sinto ser escravo e a nostalgia o capataz

Deixa que eu enlouqueça
Antes que amanheça
Mas não se esqueça
De deixar eu te lembrar

Sou só mais um vadio
Deixa que eu te crio
Sentindo sozinho o frio
Me esquento ao te lembrar

Nessa finita cidade
Tenho o mapa da saudade
Mas me perco em verdades
Que me fazem te lembrar

E é perdido que encontro
Às vezes ébrio, às vezes tonto
O fantástico reencontro
Do teu amor e o meu olhar.
                                        Efêmero dos Devaneios

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