quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ontem


Amanhã pode ser ontem
Depois que tudo se passar
Mas o ontem no amanhã
Não irei jamais encontrar

Ou quem sabe até eu encontre
Nas falas, nas salas de estar
Enquanto eu, um ser errante
Falando só, e só por falar

Nem sei ao certo o que eu falo
Ou se nem falo, mas penso estar
Falando há horas e em um estalo
Percebo que não estava a falar

Sobre o ontem no amanhã
Sobre o nada numa manhã
Penso em silêncio comigo mesmo
Por que a esmo fico a pensar

Naquele ontem que já não volta
Nesse presente que me escolta
A um futuro que em minha porta
Baterá!

Dizendo ser o novo ontem
Mas que só amanhã vai chegar.
                                            Efêmero dos Devaneios

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