quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Amor egoístico


Senti um calafrio em meus pensamentos
E então a ele dei mais importância
Pois nunca houve calafrios em pensamentos
Como sentir frio, em algo que não se sente?

Por isso fiquei muito intrigado
E como você, estava presente nestes pensamentos
Consequentemente o amor nele estava também
Deixando minha mente ainda mais aberta

E meu coração ainda mais submerso em ternura
E agindo assim comecei a pensar
Por que se o sol, brilha com todo seu amor
Intenso como seus beijos, e não deseja nada em troca

Não se importando sequer se alguém irá olhar para si
Ou irá estar trancado em sua casa
Totalmente envolto na solidão
Fugindo dos raios do astro

Mesmo assim ele brilha!?

E a chuva que cai, com toda sua delicadeza
Ou com toda sua bravura
Sempre disposta a lavar a tristeza
E limpar a dor que sentimos em nossos corações

Não se importando também, se alguém estará na rua
Para com ela poder lavar a alma
Para com ela sentir as lágrimas dos céus
E mesmo assim ela cai, com o nublado ou com o sol

Por que no amor, que é algo mais sublime
Que raios do sol, que gotas de chuva
Temos que ser egoístas?
A ponto de amar totalmente entregue a quem

Mas, desejando sempre um amor em troca
Por que não amar, somente por amar de verdade?
Sem se importar se seremos amados ou não
Sem sofrer antecipadamente, por não sabermos o que o outrem sente

Porque nosso amor é cortejado pelo egoísmo.

Na verdade, isso não é o amor...
E sim, um sentimento mentiroso
Que fingi, e tenta imitar o amor
Mas que NUNCA consegue sucesso

E assim sentimos a dor
Frustração
Arrependimento
E nos afogamos em mágoas

O amor não dói, o amor não se individualiza
O amor, simplesmente é o amor
Ele é entregue, sem intenção de retorno
O amor perfeito, o amor sublime

É o amor livre, desprendido de dor e de flores mortas.

E por incrível que pareça
Cheguei a essa observação
Observando sua mordida em meu peito
Onde marcou seu carinho e sua paixão

Nessa mordida, respirei a liberdade
Nessa mordida senti o verdadeiro amor
Não pela mordida em si
Mas por toda sua crônica inolvidável

Portanto, ame...
Mas ame de verdade, entregue seu amor
Sem almejar ser amado
Ame por gostar de doar todo seu carinho

Por gostar de sentir o prazer
Em ver
O outrem sorrindo, o outrem falando
Com seu olhar brilhando, por sentir seu amor

E ao amar assim, não importe-se
Se será passageiro, ou será eterno
Se será por minutos, ou será por séculos
Preocupe-se se é verdadeiro, se é intenso, se é AMOR

Aliás, não se preocupe, simplesmente ame.

Posso estar um pouco insano
Como posso estar mesmo amando
Mas o que afirmo é que o amor
É a essência do ser humano.
                                              Efêmero dos Devaneios

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