terça-feira, 16 de novembro de 2010

Não sei como escrever


O que escrever em momentos
Que nem sabemos o que sentimos
Quando tudo o que temos
São lágrimas escorrendo e um coração acelerado

Como escrever, se o que foi escrito nas estrelas
De repente partiu, como um cometa
E meu olhar como um eclipse
Mistura-se com lembranças que temem ser esquecidas

Mas que nunca serão...

E esse eclipse os olhos nu, não enxergam
Só quem o pode ver é o coração
E pela primeira vez, sinto que não sei se sou
Quem realmente penso ser, ou se sou apenas quem não quero ser

O que escrever, quando vocabulários não são o bastante
Para suprir todos os pensamentos, todos sentimentos
Todos os sonhos, todas as lágrimas
Todos os abraços, todos os olhares, todos os dias

Cai outra lágrima agora, e ainda não sei o que escrever
O coração grita, eu posso escutar
Mas nem a lua está presente, para que eu possa nela encontrar
O esconderijo perfeito, para esconder-se de mim mesmo

Como posso matar, o que me faz viver?
Como posso sumir, com o que mora dentro de mim?
Como consegui ter forças para não ter mais forças?
Quero a palavra certa, preciso da palavra certa

Por que o mundo nem sempre é como uma bela canção?
Por que as pessoas não conseguem dar o valor
Para um sol diferente, para uma chuva mais forte?
Por que sempre buscamos mais por quês, para nos entender?

Sendo que nem sabemos realmente se somos
Quem pensamos que sabemos ser
Não queria conhecer a maldade
Não queria conhecer o amor

Porque se ambos machucam tanto
Não queria conhecer a dor
Sem dizer o meu segredo, o vento me levou daqui
E sem dizer três palavras, eu me despedi

Mesmo sem saber, mas saiba quando ver
Erros de português, e o sol a te tocar
Quando ver o mar vindo até você
Ou quando ouvir seu coração bater de um jeito diferente

Só saiba, que aqueles instantes que eu ficava
Olhando sem dizer nada, por um longo período de tempo
Eu queria realmente dizer, três palavras
Só não sabia se entenderia, e nem sabia como.

Então foi nesses dias que tive medo
E foi agora que perdi o enredo
Que vi o céu rosa e verde, escurecer.
Que disse baixinho, e distante

Eu sei que te amo...
                                      Efêmero dos Devaneios

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