terça-feira, 16 de novembro de 2010

A roupa da humanidade

A humanidade veste-se sem cor
Realça todos os seus defeitos
Preferem deixar qualidades de lado
E jogar fora o respeito

Olhe pra nossa humanidade
Vestida de ignorância
Com seu tecido de luxúria
Bordado com intolerância

Olhe como desfila nas ruas
Essa humanidade esquecida
Dá mais valor ao dinheiro
Do que para a própria vida

Foi visto ali encostado
O amor a preço barato
Mas a humanidade prefere
O orgulho e o status

O pior é que custa caro
Mas a humanidade não liga
Afinal, temos poder
Temos dinheiro, mas não temos amiga

Eu fico entristecido
Na verdade fico até cansado
Faço parte da humanidade
Ela que és mesmo linda, mas não vê por esse lado

Por que insistir em mentir
Se a verdade é algo tão fácil?
Por que fingir amar
Se o amor é o que há de mais grácil?

Vamos abra os olhos para o sol
Que esquenta seu coração
Não deixe, não passe
Essa vida assim em vão

Vamos nós ainda temos jeito
Não entregue o seu tesouro
Por coisas banais
A inteligência e o nosso amor
Valem mais, muito mais, que o ouro

Dispa-se de sua ansiedade
Veja que a felicidade
Vai raiar na órbita de seu peito
Sinta que o amor, é o que há de mais perfeito

Jogue toda essa roupa fora
Não precisamos ser assim
Ser nu, é ser transparente
E do ódio, criar um jardim

Onde nascerá a mais linda flor
A humanidade que os anjos
Por tanto tempo esperou

Eu só queria dizer
Valer a pena dizer
E saber como dizer
Te amo.
                           Efêmero dos Devaneios

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