domingo, 7 de novembro de 2010
Navegação
Acabo de encontrar
No meio do nada
Um grande navio
Nele vou navegar
Por esse mar dentro de mim
Um mar misterioso e tão frio
As luzes dos meus olhos foram perdidas
Agora só ajo por instinto
Vou navegar sem destino certo
Incertezas molham meus pensamentos incertos
A neve cobre o coração
E a neblina deixa sombrio
O caminho que segue essa ilusão
Enquanto navego, em nada penso
Aliás penso, penso em nós
Mas descobri numa historia mal contada
Que de nós o nada é o que sobrou
Canto musicas sem timbre
E junto a elas solto lágrimas
Para emudecer
Essas lembranças secas e vagas
Que seguem a me acompanhar
Deparei no momento
Com o momento que estava perdido
Pergunto as águas do mar, o que eu faço
E como não consigo escutar a resposta
Nesse mar de medos e mistérios
Eu me jogo e me afogo
E só ficarei emerso
Se surgir aquela sereia
E me levar perto da areia
Onde o Sol eu possa enxergar
Mas tal resgate é só um engano
Pois esta sereia
O mar levou para outro oceano
Portanto
É neste mar meio insano
Que eu irei afundar, agora.
Efêmero dos Devaneios
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Eu viajo nos teus poemas, nem existe mais adjetivo pra descreve-los.
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